AUTORIDADES TRADICIONAIS E SOCIEDADE CIVIL NO CUNENE CONTESTAM NOMEAÇÃO DE DOMINGOS TABI ADMINISTRADOR DO CUROCA
Por: Armando Chicoca
Segundo o regedor Canhendy, se a governadora insistir no nome de Domingos Tabi para Administrador do Municipio do Curoca “ o mais pobre de Angola”, a população decidiu entregar os cartões de militância do MPLA á governadora Gerdina Didalelwa por não ter dado ouvidos as autoridades tradicionais locais. reunidos na manhã desta quarta-feira, os sobas, segundo o regedor Canhendy pedem a intersecção do PR João Lourenço neste conflito.
“Pedimos a intersecção do Presidente João Lourenço na solução deste conflito com a governadora Gerdina Didalelwa. Queremos a continuidade do Luhepo, melhorou as vias, visita os pobres, construiu escolas e centros de hospitais e ajudou o povo na agricultura”, reiterou.
Sociedade civil na província do Cunene pressiona a governadora Gerdina Didalelwa a dar resposta do pedido de impugnação dos sobas contra o novo Administrador Municipal do Curoca Domingos Tabí.
Advogado de carreira e defensor dos direitos humanos, Hailengue, afirma que o Administrador Domingos Tabi, ora contestado pelo povo, não tem mais nada a dar à sociedade.
“A governadora praticou um acto administrativo que pode fragmentar, acompanhamos as dinâmicas do antigo Administrador e nesta linha de pensamento nós achamos que há interesses inconfessos, porque o Administrador Tabi já não tem mais nada que dar”, disse.
Hermenegildo Hailengue, membro da sociedade civil no Cunene reagindo disse que a exoneração do antigo Administrador do Curoca António Luepo e a nomeação de Domingos Tebi protestada pelas autoridades tradicionais, só pode ser justificada com objectivos inconfessos.
“Porque é que a Governadora não quer ouvir o povo, se a diretiva do partido MPLA diz que não devemos governar o povo mas governar com povo e para o povo, o povo está dizer que não quer o Administrador Domingos Tabi”, disse.
O engenheiro Jerónimo António, da câmara empresarial e também da Associação dos ambientalistas no Cunene disse que o protesto do povo deve ser ouvido e respondido.
“A voz do povo deve ser ouvida, não é preciso ser Dr. Ou Eng. Para ouvir a vontade do povo, de facto o povo está a contestar a nomeação de Domingos Tabi como Administrador do Curoca”.
Anselmo Leite, jornalista ao serviço da rádio Eclésia no Cunene, afirma ter debatido com os sobas protestantes, na passada segunda-feira.
“ No dia 17 estiveram cá cerca de 17 autoridades tradicionais a instar a Governadora, uma das insatisfações tem a ver com a exoneração do antigo Administrador António Luhepo”, salientou.
Evane Saprinho, Directora do Gabinete de Comunicação Social do Governo da Província do Cunene prometeu reagir mas não colaborou, manteve-se em silêncio.
Uma fonte próxima do Conselho da Ordem dos Advogados afirma que Domingos Tabi enfrenta 6 processos de peculato nos órgãos da Administração da justiça no Cunene.