Os jovens formados pelo projeto NFV na província do Cuando Cubango afirmam que a partir de agora estão melhor preparados para servir as comunidades locais.
Por: Fonseca Tchingui
Trinta jovens na cidade de Menongue, capital da província do Cuando Cubango, foram capacitados em matéria de jornalismo comunitário, numa iniciativa do projecto NFV, que tem como objetivo promover a liberdade de expressão e de imprensa nas regiões sul, centro e leste de Angola, especificamente nas províncias do Namibe, Huíla, Cunene, Moxico, Lunda Norte, Huambo, Bié e Cuando Cubango.
A ação formativa decorreu no instituto politécnico de Menongue, unidade orgânica da universidade do Cuíto Cuanavale, no sábado, 19 de Novembro de 2022.
Sedrick de Carvalho, coordenador do projeto NFV, descreveu os objetivos da formação no discurso de abertura. “O trabalho que aqui vamos desenvolver é um trabalho interligado com a formação de jornalistas comunitários e a questão do jornalismo cívico. Quem faz o jornalismo comunitário independente deve ser um ativista para fazer este trabalho”.
Sebastião da Silva, jornalista da rádio Despertar na Huíla e formador permanente do projeto NFV, na sua abordagem sobre o jornalismo comunitário referiu: “Nós podemos definir o jornalismo como sendo a ciência regida pela pauta, recolha de dados, tratamento e publicação da informação”.
A reação dos jovens beneficiários não se fez esperar. “Participei da formação de jornalismo comunitário promovida pelo projecto NFV. Aprendi muita coisa, como estrutura-se uma notícia e o que aprendi hoje irei pôr em prática”, disseram Manuel Multa e Inocêncio Samuel.
Tchitula Muacahamba, por sua vez, destacou: “Aprendi como fazer um jornalismo responsável, como tornar público uma determinada informação. Com estas ferramentas vamos ajudar o governo na divulgação de informações que acontecem nas comunidades locais”.
Livulo Fernando, igualmente participante ao fórum, disse que “o jornalismo comunitário centra-se principalmente na divulgação de casos que afligem as populações. Não é necessário que nós tenhamos carteiras profissionais para exercer o jornalismo comunitário, todos somos chamados a dar o nosso máximo para o bem-estar social do povo.