Namibe: No município do Camucuio jovem de 37 anos de idade  morto a flecha e familiares querem justiça

28.01.2023

Namibe: No município do Camucuio jovem de 37 anos de idade  morto a flecha e familiares querem justiça.

Rixa entre  criadores  de gado kuvales e muquilengues, termina em tragédia,na localidade de Kavilombola, na  zona limítrofe entre  os municípios  do  Camucuio província do Namibe e Quilengues província da Huíla em Novembro de 2022.

Por Fonseca Tchingui

As comunidades mucubais vieram manifestar o seu descontentamento no espaço “Mwangolê Fala Verdade as quarta-feiras”, a alegada invasão dos kuvales  a  uma zona de pasto da população ganadeira de Quilengues, gerou conflito  que culminou com a morte a flecha, de um jovem  kuvale que atendia pelo nome de Batchaculuka, de 37 anos de idade,  após ter caído  numa emboscada,  na  localidade Mulovei Pequeno, no município do Camucuio. O malogrado que se fazia transportar numa motorizada não esteve envolvido  no conflito .Os familiares  agastados com o infausto acontecimento ,exigem  justiça,  ressarcimento dos danos, 50 cabeças de gado abatidos para fins  rituais  e outras despesas   com  o óbito.Por outro lado, acusam o Administrador do  Camucuio e  as autoridades tradicionais locais de minimizarem o caso e nada fazerem  para  a detenção do homicida, ainda em liberdade, segundo revelações de um dos familiares Muatchitukila, proferidas em língua natal e traduzidas por Muhiwa .

Comunidades mucubais do município do Camucuio no Namibe

”Gastaram muito de dinheiro e a pessoa que matou nunca foi preso, até agora anda a passear. Gastamos  cinqüenta cabeças de gado para o ritual do óbito, alimentação e transporte do cadáver.Quando a pessoa foi morta, fomos ter com eles(autoridades tradicionais e Administrador do Camucuio) e, não fizeram nada, a pessoa foi morta como cão”, lamentou.

Por seu turno, o Administrador municipal do Camucuio, José Domingos Correia, esclareceu que o caso transcendem a competência do seu pelouro, por  isso, foi encaminhado à polícia para os trâmites legais.

A polícia interveio durante o conflito, mas, o pior já tinha acontecido.”Foi um conflito entre jovens  Mucubais e Nhanekas , tivemos sorte porque a polícia  e as autoridades tradicionais deslocaram-se ao local onde se previa a realização de um encontro com  as partes  desavindas , só que houve um mau entendido por parte dos jovens mucubais,  quando viram os outros, muquilengues, pensaram que  viriam  atacá-los,  fizeram emboscada, como  a polícia estava próxima  apaziguou a situação, mas encontraram um ferido grave, da etnia mucubal que tinha apanhado uma flecha,  não tendo  resistido  aos ferimentos  acabou por sucumbir. No dia seguinte continuamos com a diplomacia para que o conflito não se propagasse, reunimos com  os sobas tanto da parte dos cuvales como  do humbe  e a reunião foi frutífera , identificamos a causa   e chegamos  ao  consenso. Quando se trata de problemas de perda de vida é de polícia, nós não podemos nos meter no problema de polícia porque  tem os seus métodos de trabalho”, esclareceu  José Domingos Correia.

Entretanto , o Delegado  do Interior e Comandante provincial do Namibe da Polícia Nacional, Comissário Timóteo Hilário,  esteve muito recentemente  no Camucuio  onde foi constatar  o funcionamento  dos órgãos do sector que dirige e a situação da segurança pública  e  presume-se que terá baixado algumas orientações  ao comando municipal da corporação, em  relação ao referido incidente.

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