NAMIBE: PAI DA MENINA ESTUPRADA NO TOMBWA JÁ EM LIBERDADE
O pai da menina de 13 anos de idade, estuprada nos últimos dias, no município do Tombwa província do Namibe e consequentemente detido pela polícia local por atirar-se contra o presumível estuprador da filha, na localidade do Pinda, já encontra-se solto, desde na manha desta quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2023, junto da sua família.
Por: Fonseca Tchingui
A liberdade de Nelson Walter, que esteve sob cativeiro, policial durante três dias, numa das casas de banho, sujas e nauseabunda sem direito alimentação, ocorreu no momento controverso em que se de um lado o seu Advogado Francisco Kandjamba, estava tratar assunto de sua soltura com a magistrada do ministério público, cujo nome Walter não revelou, incompreensivelmente a Esposa Maria Arsénia, e a filha “Armandinha”, no mesmo momento estavam submetidas a uma acareação do processo de violação sexual com o suposto violador Xavier Chano e seu Advogado, exclusivamente.
“CAUSAS DA DETENÇÃO DE NELSON WALTER PAI DA CRIANÇA VIOLADA”.
“No passado Domingo, 19 de Fevereiro, eu e a minha esposa fomos ao mercado do Pinda, comprar algumas verduras e outros elementos de reforço a cozinha tratando-se visto que recebemos visita em casa, minha sogra “ mãe da esposa e avó dos filhos”. Naquele mercado fomos surpreendido com a presença de Xavier Chano, o carrasco estuprador da minha filha, que tido pela policia nacional local como prófugo. Deparamos que envolvido por muita gente dos quais os feirantes que o questionaram sobre o seu paradeiro, tendo em conta as notícias informativas da rádio e televisão de que era o actor do crime de violação sexual a uma menor de 14 anos de idade, Xavier Chano, ao defender-se disse que aquela família são malucos, não conhece nenhuma menina.
Nelson Walter e sua Esposa Maria Arsénia, ousados pela revolta e humilhação pelos nomes feios e violação da filha foram aproximando-se e Walter disse ter perdido a cabeça, quando procurava pegar pelas pernas de chano, a multidão evitou que o pior acontecesse.
.“Chano meteu-se no carro, aceleração fundo, quando procurava liberta-se da zona cinzenta segundo Nelson Walter tentou-lhe atropelar e este respondeu com arremesso de pedra para os vidros da parte frontal da viatura e quando tentava atropelar a retaguarda a senhora Maria Arsénia e algumas crianças esta também respondeu com arremesso de pedra contra os vidros da parte traseira.
Nelson Walter confessa que foi ele que ligou para os seus colegas policias dando-lhes a conhecer da ocorrência esclarecendo que afinal Chano, não estava prófugo e afirma que os colegas da Investigação dos Ilícitos Penais, convidaram-lhe a comparecer no piquete para o esclarecimento dos factos ocorrido.
Posto no piquete, disse que recebeu a ordem de detenção por parte da procuradora que presumi ter recebido a informação do Chano, “e a partir daí fiquei detido durante três dias na casa de banho, suja, mal cheirosa e cheia de fezes. Quando os colegas tentaram tirar-me daquele sitio para uma área arejada e receber comida da família, foram proibidos superiormente de o fazer e punidos com mais um dia adicional assim fiquei três dias sem comer”, esclareceu.
“Hoje quarta-feira, 22, com a intervenção do meu Advogado Francisco Kandjamba, fui solto mas terei que apresentar-me todas as segundas-feiras de cada semana”, concluiu.
” MOMENTO CONTROVERSO”
Enquanto seu Advogado Francisco Kandjamba, estava tratar assunto de sua soltura com a magistrada do ministério público, cujo nome Walter não revelou, incompreensivelmente a Esposa Maria Arsénia, e a filha “Armandinha”, no mesmo momento estavam submetidas a uma acareação do processo de violação sexual com o suposto violador Xavier Chano e seu Advogado, exclusivamente.
“O procurador Ribeiro Isaías, obrigou-me assinar uma declaração sem eu ter lido, não estou a entender porque fizeram isso comigo, na ausência do Advogado da minha filha, eu até disse que não posso assinar nada, na ausência do meu Advogado mas procurador exigiu-me que eu assinasse.
O procurador da república no município Tômbwa Ribeiro Isaías, instado a pronunciar-se deste caso numa conversa com o jornalista Armando Chicoca: “Boa noite digníssimo procurador Ribeiro Isaías. Temos informações de que, o caso criança violada no Tombwa, hoje quarta-feira, 22, o digníssimo supostamente obrigou a senhora Maria Arsénia Gloria, mãe da criança estuprada, a assinar as declarações produzidas da acareação com o suposto acusado de violão sexual e Advogado deste sem as ter lido e na ausência do Advogado de sua filha. Queremos a reacção do procurador em áudio, se possível hoje, neste mesmo contacto telefónico. Armando Chicoca, (jornalista).
Em reposta via SMS, o magistrado do ministério público naquele município, disse: “Boa noite, aconselhe ela, vir ter comigo na companhia do Advogado dela a fim de evitar equívocos”, concluiu o magistrado.
“Armandinha”, nome fictício, disse que esteve hoje, na PGR junto ao SIC-Tombwa, na acareação do processo em curso, de que é vítima, tendo esclarecido tudo como aconteceu.
“Estivemos hoje na PGR, o procurador perguntou-me como é que as coisas aconteceram, eu disse ao procurador que o senhor Chano, me persegue a muito tempo, começou desde que eu estudava na escola Fidel de Castro, nos dava sempre dinheiro, para comprar chip si, pipoca, mangas, e sampapito. Na passada quinta-feira, violou-me duas vezes depois deu-me dois mil kwanzas”, declarou.