Moçâmedes, nome da cidade capital da província do Namibe, continua a ser constestado por parte de algumas figuras de renome, da sociedade civil, que não se revêm no mesmo nome alegadamente por ser de um escravista e colonialista. Uma dessas figuras discordante, é o sociólogo Ildeberto Gaspar Madeira, de 80 anos de idade, quando falava nesta terça-feira, 11 de Abril de 2023, ao NFV.
Por: Fonseca Tchingui
“Barão de Moçâmedes foi um grande escravista que mandou milhares de angolanos para o Brasil e para outros sítios atravessando o atlântico. Não é normal, é ilógico, é anti-recional é tudo que é mal, voltar às memórias coloniais.Eu sou absolutamente contra.Não dá, neste contexto de liberdade, neste contexto de independência, neste contexto de identidade angolana colocar o título de nobreza de um homem que foi esclavista aqui em Moçâmedes. Eu não sei, o quê que levou as pessoas que fizeram esta mudança, efectivamente avançar com esse projecto.Está tudo muito escondido, queremos ver os documento, não nos dão, estão escondidos, telefonamos para Luanda não nos recebem pos telefonemas, andamos, estamos a pesera de especialistas, não aparecem”, protestou.
Gaspar Madeira como é conhecido, foi mais longe ao afirmar que é o único país colonizado em África que voltou às memórias colonialistas esclalvistas.” Aqui em Angola, em África e quiçá no mundo, único país colonizado que voltou às memórias colonialistas e esclavistas. É muito triste”, lamentou. Reza a história e, segundo o Sociólogo Madeira,foi o Barão de Moçâmedes quem mandou viajar os navegadores a sul de Benguela por causa de posse de território e passando por aqui o senhor Pinheiro Furtado homenageou-o dando a Angra do Negro o nome de Barão de Moçâmedes.O nome foi dado à baía e não a terra e, mais tarde o nome de Moçâmedes transitou do mar salgado para terra arenosa.
“ Se de facto este nome se mantiver, senhor Presidente da República, João Lourenço, acabemos com o museu de escravos que não tem razão de existir. Moçâmedes, nunca mais. Pedir por favor à Sua Excelência Senhor Presidente da República,que a frase ,” Corrigir o que está mal” tem que se aplicar nesta situação”, apelou.
Para o entrevistado do Namibe Fala Verdade, o Mimistério da Administração do Território deve analisar esta situação. E muito recentemente o Governador do Namibe, Archer Mangueira, entrevista concedida a rádio nacional de Angola, tinha manifestado este interesse para que a sociedade civil local descuta sobre esta temática do nome da cidade capital da província. https://fb.watch/jSy0djx4pz/