Nos últimos tempos, a cidade capital do Namibe tem sido alvo de casos de violência, traduzidos em agressões físicas por pessoas que fazem justiça por mãos e agentes policias que fazem extorsão aos cidadãos, sobretudo os mototáxistas com empregue de agressão física.
Por: Fonseca Tchingui
Os casos mais recentes têm a ver com a suposta agressão física de que foi vítima o radialista do Namibe Wilson Belchior Kaneculo, na passada quinta-feira, 25 de Maio de 2023 nas mediações do hospital materno infantil.
O silêncio do Serviço de Investigação de Criminal do Namibe, em não esclarecer o caso 4 dias depois dias, concomitantemente a rádio Namibe que não emitiu nenhum comunicado para aferir o estado de saúde do mesmo face a simpatia que granjeou no seio das comunidades tem levantado questionamentos e acesos debates, pois os jovens querem saber o estado de saúde do jornalista da rádio Namibe, Wilson Belchior Kanekulo, evacuado para o hospital central do Lubango face a gravidade.Os namibenses exigem igualmente justiça contra os supostos prevaricadores que se presume ter envolvimento de três femininas ainda não identificadas.
Outra questão não menos importante tem a ver com o elevado caso de mototáxistas extorquidos pelos agentes da polícia nacional nas ruas da cidade capital do Namibe e alguns deles com empregue de agressões físicas.
https://fb.watch/kQptJ9axTE/
No passado domingo, 28 de Maio, no controlo do quilómetro 26 junto a estrada nacional 280, Namibe-Lubango pelo menos 8 mototáxistas foram alvos desta acção vergonhosa da polícia, exigindo dinheiro com empregue de agressão.
O agricultor do vale do Giraul, António Cassua inconformado com o que viu, ligou para o piquete do Namibe-Fala Verdade denunciando o que estava a ver naquele local.
“É preciso que alguém põe a mão nisto. Não é justo agredir os jovens que circulam com as suas motas, não roubaram e alguns deles são fazendeiros agredidos e ameaçados com tiros”, disse.
“Não queremos mais ouvir tiros devido as motas, a guerra terminou, estamos em paz não queremos mais ouvir tiros”, reagiu denunciando que há quatro dias o seu sobrinho que vinha da fazenda do Piambo foi igualmente vítima destes excessos.
Muito recentemente um jovem mototáxista procurou os serviços do NFV para denunciar que há 5 minutos tinha sido extorquido três mil kwanzas, por um patrulheiro policial HZ branco defronte a paragem dos mini-autocarros.
Sebastião Assurreira, Advogado e vice-presidente da Associação Cívica NFV, na área de direitos humanos e cidadania, disse que é urgente que as autoridades locais investiguem e responsabilizem os presumíveis actores destes actos bárbaros. A cidade capital do Namibe de um tempo a esta parte foi calma e não faz sentido este ambiente de agressividade e justiça por mãos próprias.
“Dizer que no Namibe esta é uma situação nova e as autoridades devem por cobro nisto, porque se não virá agravar. A província do Namibe, é considerada terra felicidade então a população deve se aconselhada em não optar fazer justiça por mãos próprias ”, exigiu.
Quanto aos jovens mototáxista vítimas de agressão, Assurreira, disse que os mesmos devem criar uma associação a fim de defender os seus direitos.
“Com esta onda de agressão que a Polícia tem efectuado, se os agentes estão localizados e se conhecem sua unidade deve ser uma participação ao SIC, no sentido de serem responsabilizados. Os agentes da polícia devem ter uma actuação de proximidade ”, disse.
Barnabé Tulumba, docente e empreendedor, disse que a cultura de violência tende a ganhar contornos insustentáveis a medir pelo número de casos registados de janeiro até a presente data.
“Estamos numa situação preocupante, alarmante, bastante grave e carece de todo um cuidado daqueles que são os nossos dirigentes. Nós temos o Namibe como uma referência a nível nacional no que toca a tranquilidade e quando situações de género ocorrem vem aqui beliscar a característica da nossa cidade, porque a nível do País nós somos tratados como sendo uma província humilde. Temos que fazer uma pressão aos órgãos de justiça, começando pelo SIC, na minha modesta opinião é tanto quanto complicado compreender quando um jornalista é espancado e ninguém diz nada até hoje”, criticou.