Na província da Huíla, existem mais de três mil turmas ao ar livre e, o governador local quer apoio do PR João Lourenço para inverter a situação social degradante na província.
Por: Fonseca Tchingui
Nuno Mahapi Dala, Governador da província da Huíla, durante apresentação da situação social da província ao PR João Lourenço, que esteve na cidade Lubango ontem, descreveu o quadro preocupante no sector da educação, onde segundo o governante, existem mais de três mil turmas ao ar livre.
“Senhor Presidente da República, o sector primário que foi identificado é o sector da educação. Como sabe a nossa tem três milhões e meio de habitantes e uma superfície de 70 mil quilómetros. Esta população é a que acorre a educação, mas ainda temos vários desafios no que diz respeito a educação. Nós temos uma população escolar de cerca de um milhão de alunos, deste número estão albergada em 1573 escolas destas escolas na sua maioria em ar livre, é aí onde joga o grande constrangimento para podermos resolver o nosso problema. O número de sala ao ar livre na província é de três mil seiscentas e duas turmas, maior parte das referidas salas encontram-se na cidade Lubango capital da província por ter maior número de habitantes”, descreveu.
A capital huilana também conhecida como cidade do conhecimento, o governante defendeu a formação contínua dos docentes para alcançar a qualidade de ensino desejado no país.
“Nesta grande oportunidade que nos dão para falar da nossa província o sector da educação deve ser a base de tudo, para resolvermos os problemas do ensino pré-escolar e do ensino primário, este é um grande desafio que em conjuntos acreditamos que vamos conseguir neste quinquénio”, disse.
Quanto a merenda escolar, o governante disse que o orçamento alocado para sector primário da educação é exíguo e não consegue atender a demanda.
“Orçamento dotado para esta componente, senhor presidente não é possível fazer a cobertura de todas escolas, tanto do meio urbano e per urbano, é preciso que reflictamos sobre esta componente da merenda escolar”, frisou.
Nuno Mahapi, disse ainda, que é preciso construir escolas técnicos profissionais a nível dos municípios para garantir a formação do homem novo.
“Presidente da república, nós entendemos que o ensino técnico profissional deve ser a solução dos nossos problemas. Somos de opinião que se construa a nível dos municípios escolas técnicas que se adeqúe a realidade das comunidades. Na Huíla temos uma escola que para todos angolanos e não só, “Chivinguiro no município da Humpata”, ela é uma referência nacional, uma referência internacional. Nesta altura em que o executivo esta com olhos virados para a diversificação da economia e no verdadeiro desenvolvimento do nosso País, olhemos esta instituição com olhos de ver e devíamos tomar uma posição de Estado, porque aquela Infra-estrutura precisa do nosso apoio para sua recuperação, recuperada esta escola jogaria um papel determinante na nossa região ”, disse.
Mas adiante disse que o índice do analfabetismo na província ainda é maior.
“Área da alfabetização deveria ser incorporado no processo de ensino, senhor presidente a taxa de analfabetismo na minha província ainda é maior”, manifestou.
As escolas do ensino superior, senhor presidente também precisam de ser intervencionadas nos variados domínios, quer infra-estruturas, assim como na sua composição orgânica.
“Não queremos continuar a ver o ISCED, nas condições em que se encontra, esta instituição já formou vários quadros que estão a servir o nosso país”, disse.
Já no sector da saúde, governador da província da Huíla, disse que constitui prioritário neste quinquénio.
“Senhor presidente, a educação e a saúde, acreditamos que são dois parceiros, que devem andar juntos. Se tivermos uma educação de qualidade também teremos uma saúde facilitada. Vamos evitar ter uma saúde curativa mas sim preventiva. Gostaríamos que no sector da saúde, que não investíssemos só nas infra-estruturas mas também na formação contínua dos técnicos e na prevenção.
O governante concluiu, dizendo que quere resolver o problema da sua geração que é a problemática do emprego para os jovens.