Os deputados da bancada da UNITA dizem “chegou o momento de dar um basta aos presumíveis abusos de João Lourenço na governação de Angola”.
Por: Fonseca Tchingui
Oitenta e seis dos noventa deputados do grupo parlamentar da UNITA eleitos nas últimas eleições de 2022, procederam na manhã de quarta-feira, 16 Agosto de 2023, a subscrição da proposta de iniciativa da acusação e destituição do presidente da República João Lourenço, que alegadamente tem violado sistematicamente a constituição da república.
O acto teve início às 10 horas do dia 16 de Agosto de 2023 no Centro de Convicções de Talatona, em Luanda, cidade capital angolana, onde além dos deputados do grupo parlamentar da UNITA, estiveram igualmente presentes membros da sociedade civil, jornalistas da média angolana e internacional, partidos políticos convidados e demais.https://fb.watch/msky8Xo0hG/?mibextid=rS40aB7S9Ucbxw6v
A proposta da UNITA, segue agora no crivo da Assembleia Nacional, onde os deputados de outros grupos parlamentares foram convidados a faze-lo, segundo o presidente do grupo parlamentar Leberty Chiaka.
O referido acto de subscrição de assinaturas, foi presidido pelos líderes da Frente Patriótica Unida “FPU”, liderada pelo presidente da UNITA Adalberto Costa Júnior, nas vestes de coordenador do projecto, Abel Chivukuvuko, coordenador do projecto PRA-JÁ SERVIR Angola e Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático.https://fb.watch/msk-r-_1Al/?mibextid=rS40aB7S9Ucbxw6v
Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, coordenador Adjunto da FPU, foi o primeiro a discursar neste acto.
“Estamos aqui hoje não apenas para marcar uma simples presença, mas para testemunhar o nosso engajamento com a Frente Patriótica Unida, que materializou a inspiração comum de todos nós, pela conquista e unidade, do Estado democrático. Estamos aqui para finalizar mais uma vez, a nossa vontade e determinação de lutar pela liberdade, modernidade e cidadania. Lutar pela liberdade das pessoas para que essas possam expressar-se livremente as suas ideias sem inquietação de serem perseguidas”, disse.
Abel Chivukuvuko, do projecto PRAJA-Servir Angola, descreveu o acto como sendo marco histórico na democratização angolana.
“é preciso realçar a importância histórica e transcendental, do acto que acabamos de testemunhar, é assim que se faz as história dos povos e a história das nações. Estamos aqui a cumprir um papel e está de parabéns a Frente Patriótica Unida. Nós ainda não somos um estado democrático e de direito, quanto muito somos um estado em transição para democracia. O actual presidente da república há-de reconhecer que o processo democrático recuou, o autoritarismo ganhou espaço e as leis não são cumpridas”, disse o político.
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, que procedeu o discurso de encerramento disse que a proposta destituição do presidente da república faz-se em obediência a constituição da república de Angola .
“No artigo 3º da nossa CR, define a soberania una e indivisível pertence ao povo. Como está visto, é um processo que já conquistamos o essencial do seu despoletamento como acabaram de testemunhar, como diria Jean Jack Roussou já conquistamos o mínimo de consenso de corações e até de vontades e argumentos para levar adiante esta demanda de substituição do presidente da república”, referiu. https://www.facebook.com/namibefalaverdade/videos/1459556558213633/?mibextid=rS40aB7S9Ucbxw6v