Os trabalhadores dos Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) vão intensifcar a sua greve ao decidir paralisar a quase totalidade dos serviços ferroviáros em várias regiões do sul do país.
Fonte: VOA
José Serviço Kanonguembi, primeiro Secretário da Comissão Sindical no CFM-Namibe disse à Voz da América, que, para além da paralisação dos serviços mínimos previstos para amanhã, poderão igualmente responsabilizar judicialmente o presidente do Conselho de Administração do CFM, Antonio Coelho, por alegadas ameaças e coação dos trabalhadores.
“Estamos a falar no caso da AGT, estivemos com o IGAE, estivemos com a UNTA provincial e nos disseram que a nossa greve é legal. Estamos a sofrer ameaças de cortes de salários, caso ele tentar coagir os trabalhadores então podemos intentar uma decisão judicial contra o conselho de Administração”, disse.
O sindicalista reafirma que 90% dos serviços de CFM nas prvíncias do Namibe, Huíla e Cuando Cubango)não vão funcionar.
“Nós em função de um documento que acabamos de receber hoje, vamos dar continuidade da nossa greve, vamos paralisar os comboios mínimos, Namibe ao Lubango-Lubango a Chamutete e Kuando Kubango”, disse.
Entretanto, Kanonguembi não põe de parte a possibilidade de negociações mas disse que terão de ser acompanhadas de greve
Mais de 1.500 trabalhadores dos CFM entraram em greve na quinta-feira, 16, para exigir melhores salários e condições de trabalho, mas na altura garantiram os serviços mínimos que vão agora também ser paralisados.
“Estou nos caminhos de ferros há 29 anos, na revisão material, o que nós queremos é mesmo parar”, disse um dos trabalhadores.
A Voz de América procurou ouvir o presidente do Conselho de Administração dos CFM com sede no Lubango, mas sem sucesso.