NFV FORA D` HORAS 19-02-2024

20.02.2024

Noticiário NFV, edição de quarta-feira dia 19 de Fevereiro de 2024, com os seguintes tópicos:

1 – Activista cívico Domingos Fingo, defende adopção de políticas públicas concretas susceptíveis, de garantir criação de cortinas florestais;

2 – Fome no Cunene agudiza-se cada vez mais no seio das famílias pobres;

3 – Insuficiência de unidades hoteleiras e advento das Festas do Mar, preocupa sociedade civil no Namibe;

4 – MPLA no Namibe, aposta no aumento da produção para a auto-suficiência alimentar;

5 – Sector agropecuário da Bibala, almeja tempos áureos em que foi celeiro do Namibe.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edição de Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou a Ester Culembe, com apoios do NED e da Open Society.

 

O Director Executivo da Associação Construindo Comunidades, Domingos Fingo, disse na cidade do Lubango, província da Huíla, que o abate indiscriminado de árvores na região sul, deve-se a extrema pobreza que grassa as famílias angolanas.

O activista cívico que falava ao espaço Mwangolé, do Namibe Fala Verdade, defende adopção de políticas públicas concretas susceptíveis de garantir a criação de cortinas florestais, que são fundamentais para o ecossistema, o meio ambiente, e travar o abate indiscriminado de árvores para o fabrico de carvão.

Domingos Fingo, Director Executivo da Associação Construindo Comunidades

“E está produção deve-se porquê? Por causa da pobreza extrema que as populações vivem, não encontram outra alternativa, se não a produção do carvão e outras actividades, qual é o nosso maior problema? O nosso maior problema, é que não a políticas públicas concretas, susceptiveis de garantirem a criação de cortinas florestais, porque a criação de cortinas florestais, é fundamental para garantir o ecossistema, para garantir o meio ambiente, agora nós preocupamo-nos apenas na devastação das cortinas florestais até ficamos preocupados porque doutra vez tivemos uma conferência no Cuando Cubango e foi abardado uma realidade muito catastrofica, catastrofica na medida em que, há empresas que estão a devastar todas as cortinas florestais para aproveitarem a medeira”.

 

Director Executivo da Associação Construindo Comunidades, Domingos Fingo defende adopção de políticas públicas concretas susceptíveis de garantir a criação de cortinas florestais.

 

Na província do Cunene, a situação da fome agudiza-se a cada dia que passa no seio das camadas vulneráveis, e como consequência, os casos de roubo ganharam contornos insustentáveis. O  Padre Galdêncio Yakulengue, que revelou o facto ao Namibe Fala Verdade, assegurou que a sua organização reforçou as cozinhas comunitárias para acudir as famílias necessitadas.

Galdêncio Yakulengue, padre na província do Cunene

“As pessoas estão a sofrer com fome, a fome não é relativa é mesmo objectiva, e as pessoas estão a sentir aquilo, e este momento a Associação Namumuno, reforçou a implementação da cozinha comunitária, e temos assistido muita gente, crianças que abandonaram as escolas por causa da fome, mais velhos que estão nas sua casas mas passando dias sem comer e há idosos, sobre tudo idosos, isto está a nos preocupar, está a nos preocupar sobre tudo que o nível de vida, a vida tornou-se muito cara a sexta básica está a complicar a população, as famílias já não conseguem comprar um saco de arroz, não conseguem alimentar os seus filhos, isto está a preocupar-nos bastante, então por outro lado é a questão de roubo, o roubo está a se tornar uma moda, os gatunos estão a sobreviver dos pobres, o que nos esta nos preocupar não é tanto só a questão do roubo em si mas como aquilo acontece”.

 

O Prelado católico, mostrou-se ainda preocupado com a relação azeda entre as comunidades e a polícia nacional.

Galdêncio Yakulengue, padre na província do Cunene

“E o que nos preocupa mais é a questão também da população e da população com a sua relação com a polícia, significa que, a população não tendo o conhecimento dos prossedimentos legais para apresentar uma queixa o que se deve fazer concretamente, apresenta o gatuno a polícia, a polícia faz a instrução do processo mas depois quando chega ao procurador, o gatuno é soltado, e este gatuno vai mesmo dizer na cara da pessoa que o levou na polícia, aqui estou pensavas que eu não iria sair? Quer dizer isto está a criar uma revolta as comunidades, por exemplo o dia 14, a comunidade foi roubada dia 13, e pegaram no gatuno, e cativaram a motorizada, e então a polícia quando chegou lá ao invés de sentar com a comunidade, conversar a comunidade não houve isto e a comunidade revoltou-se contra a polícia, isto é preocupante, quando a comunidade começa a perder confiança na polícia, isto é preocupante, há necessidade de se rever a situação”.

 

A situação da fome na província do Cunene e casos de roubo, são preocupantes no seio das camadas vulneráveis, segundo revelações do padre Galdêncio Yakulengue.

 

A sociedade civil em Moçâmedes, capital da província do Namibe, está  apreensiva com a aproximação das Festas do Mar, numa altura em que o sector da cultura turismo e ambiente, reclama a insuficiência de unidades hoteleiras, para albergar turistas durante o certame. O analista da rádio pública no Namibe, Mendes de Carvalho lançou um apelo aos investidores do sector da hotelaria.

“Apelamos os investidores e inclusivel os empreendedores a necessidade de estarem conectados com os orgão de informação é muito importante que aja isto, a necessidade de nos conectarmos com o mundo, com a informção porque lá tem muito negocio, agora estamos a passar uma informação, esta que passa em massa que é de capital importância para quem investe, o Namibe tem esta dificuldade, temos os hoteis que nós temos, temos portanto números de quarto que nós temos mas ainda assim não é suficiente, pese embora não os momentos que não se de pico parece-me que as unidades têm pouca facturação mas não se esquecem que somos uma província  essencialmente turistica e as pessoas estão constantimente portanto a fazer-se para o Namibe ou ao Namibe, é necessário que cada um de nós que esta investir aqueles que têm portanto recursos, começarem olhar para construção também de penões, hoiteis, de hospedarias com condições aceitaveis para que nós possamos ter a capacidade de cobertura daquuilo que tem sido o chamado quando nós temos as actividades e depois olhando para esses pontos que nós temos, temos carnaval portanto aqui depois temos o disporto, não vamos esquecer disso, temos as festas do mar, temos as proprias condições naturais que a província vai tendo, temos um conjunto de actividades que o governo vai gizando do programas de entidades que vamos realizando aqui a nível da nossa província, todos esses elememtos sãpo indicadores para que nós começamos  a criar condições de acomodação no sentido de podermos acolher as pessoas que por aqui vêm e mais outro elemento fundamental que nós sempre fizemos referência, que o Namibe hoje já não é o que é antes, do ponto de vista de desenvolvimento e de crescimento que nós temos, não temos só o porto, hoje temos também para além do porto que é um elemento fundamental, temos também as unidades de ensino superior, isso também são elementos indicadores que nos podem fazer refletir para o investimento”.

Mendes de Carvalho, analista da rádio pública no Namibe

 

Mendes de Carvalho, defende que as infraestruturas hoteleiras construídas com os fundos públicos, e que o Estado reouve, devem pô-las em funcionamento para colmatar o défice que a província enfrenta nesse domínio.

“O estado deve começar a ter uma actuação mais positivo, quando é para reser aqueles invesimentos que foram feitos com o dinheiro público, exemplo os hoteis IU, eram hoteis, quem investiu era para explorar não vale apena ostar, ir reter e deixar de usar como hotel, teria que estar a continuar a ser utilizado como hotel mas os recursos não ser inverter para o Estado, não chegar e fechar, no fecho, continuar a funcionar mas como património do Estado, nós fazemos o contrário, fechamos porque o Estado entendeu com razões plausiveis que é dele mas fica fechado, aquilo é hotel não é para ficar fechado, é para funcionar, reaveu e funciona na especialidade pela qual foi construida mas os recursos reversem para o Estado, portanto, o cidadão terá o local dele de hospedagem”.

Mendes de Carvalho, analista da rádio pública no Namibe

 

Analista Mendes de Carvalho e o seu ponto de vista sobre o advento das tradicionais Festas do Mar, e a insuficiência de unidades hoteleiras na cidade de Moçâmedes, capital da província do Namibe.

 

Atingir a auto-suficiência alimentar é aposta do MPLA em 2024. Edson Fela completa esta informação.

O MPLA no Namibe, apresentou ao público e aos militantes em particular, no último fim-de-semana, a sua agenda política para o ano em curso. Durante o acto político de massas que decorreu sábado último no município do Camucuio, o Primeiro Secretário daquele partido, Archer Mangueira, apontou como desafio o desenvolvimento económico, sustentável, com vista a redução de importação de produtos que podem ser produzidos localmente e garantir a auto-suficiência alimentar do povo, assim como o combate à seca.

Archer Mangueira, Governador da província do Namibe

“O desenvolvimento economico sustentavel, e aqui na nossa provincia temos estado a realizar acções concretas, para garantir a auto-suficiência alimentar do nosso povo ouvimos a sociedade cívil, ouvimos as autoridades tradicionais, disseram-nos que temos que vencer a seca, tinhamos que vencer as limitações que a natureza nos imponha para garantir que as pessoas podessem produzir os alimentos necessários para sua auto-suficiência, para deixarmos de depender da outra província ou mesmo do exterior”.

 

Primeiro Secretário do Comité provincial do Namibe do MPLA, Archer Mangueira, durante o acto de lançamento da agenda política do seu partido para 2024, que decorreu no município do Camucuio.

 

O município da Bibala, poderá voltar a ostentar a rótula de celeiro agropecuário da província do Namibe, se a gama de projectos em curso naquela localidade for implementada, a julgar pelas declarações da Administradora local, Luzia Arcanjo.

Luzia Arcanjo, Administradora do município da Bibala

“Produzir muringa na Lola, temos também muringa na Mutipa e no Kapangombe, portanto não é só muringa, temos ali muita coisa, há muita produção pricipalmente também de goiaba, isto vai alavancar também a indústria local e artesanal de fabrico de marmelada, o primeiro desafio, que o senhor ministro nos fez, ofereceu-nos 200 mudas de mamoeiros, nós vamos na próxima semana lançar e entregar também 200 mudas de citrinos e nós vamos também alavancar a economia local através da plantação de citrino e a própria produção”.

 

Sector da agropecuária no município da Bibala, quer voltar aos tempos áureos.

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