NFV FORA D` HORAS 12-04-2024

15.04.2024

Noticiário NFV, edição de sexta-feira dia 12 de Abril de 2024 com os seguintes tópicos:

1 – Advogado DAvid Mendes apela a classe para não tolerarem incongruências dos juízes em audiências;

2 – População diz que reabilitação da estrada entre Moçâmedes e Virei vai trazer desenvolvimento daquele município;

3 – Terminadas no Namibe jornadas parlamentares da UNITA;

5 – Especialistas divergem quanto a exigência do G7 de certificação da origem dos diamantes.

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou o Dino Manuel, com apoios do NED e da Open Society.

 

O renomado advogado, Dadivd Mendes, apelou  aos seus congéneres no Namibe, a não tolerarem as incongruências dos juízes. O entrevistado do NFV disse que não admite os desrespeitos que alguns juizes cometem contra os advogados em plena audiência de julgamento.

David Mendes, Advogado residente na província de Luanda

“Eu não permito e nunca permitirei que um juiz me falta com o respeito, eu processo o juiz,  se assim o fazer ele sabe que terá resposta que será processa-lo, quer disciplinar ou criminal, porque ele não é um super-homem, é um funcionário público, ele está investido em puderes públicos para fazer justiça e não para se sentir como uma magestada, o respeito é mútuo, trato o juiz com urbanidade e de igual modo exijo, e se em algum momento me tiver escedido, com humildade me disculpo a entidade em questão, mas se um juiz me faltar com respeito eu abandono a sala e assim aconselho ao meus colegas, sujiria um processo disciplinar, eu pediria ao procurador para que fizesse um informe e se assim não fosse, eu iria cola-lo como minha testemunha num processo crime por injurias, porque o juiz não está isento de ser processado criminalmente, e pediria que aquele processo fosse julgado por outro juiz porque aquele não está em condições de continuar com o processo. Eu acho que não podemos brincar de fazer direito os tribunais visam buscar a justiça, não a que o juiz quer, porque se faz a justiça em nome do Estado angolano, ele não o Estado e sim um funcionário do Estado, por isso um apelo aos colegas, se em algum momento um juiz o distrar abandonem a sala e processem o juiz”.

Advogado david Mendes apela aos congéneres no Namibe, para  tolerância zero as incongruências dos tribunais.

 

O mau estado da estrada que liga Moçâmedes, sede da província do Namibe ao município do Virei, é apontado como uma das principais causas que encarecem os produtos  mais consumidos pela população naquela localidade, que dista a 130 quilómetros da capital da província. Segundo os automobilistas e negociantes, o anúncio da retomada das obras de reabilitação daquela rodovia, constitui um alívio, mas  Luisa Miguel, funcionária pública, pede ao empreiteiro seriedade na execução da obra.

“A via de Moçamedes para o Virei é um caso sério, a estrada não está em condições o que chega a ser um risco e eu só viajo porque tenho que trabalhar, porque se não fosse por causa do disso não viria para aqui. É de louvar porque os arranjos na estrada vai abrir portas para as pessoas fazerem negócio, turistas entraram no nosso munícipio. O conselho que deixo para essa empresa de construção de estrada, é que levem o trabalho mesmo a sério, e que não sejam bajuladores dizendo que farão e não o fazem acabando por prejudicar a população”.

Luisa Miguel, funcionária pública no município do Virei

 

O automobilista Manuel Torres, acolheu assim  o anúncio.

“As boas condições proporcionadas as nossas viaturas nos transmite um sentimento de alegria, facilitando o trajecto daqui a Moçamedes independente de ser mais de duas horas, mas com estado em que a estrada se encontra o trajecto é mais demorado”.

Manuel Torres, automobilista

 

Para o soba do Virei, Bernardo Mussonde, a reabilitação da aludida estrada vai trazer desenvolvimento, e visa materializar o sonho dos habitantes daquele município.

“Desde sempre foi um sonho do povo do Virei, falar com a sua excelência governador sobre a via do município, é de nosso desejo ter uma estrada que de certa forma trará desenvolvimento, e o sentimento de alegria será imenso quando a mesma estiver terminada”.

Bernardo Mussonde, soba do município do Virei

Soba do Virei, Bernardo Mussonde.

 

O grupo parlamentar da UNITA, encerrou hoje sexta-feira 12, as suas jornadas de auscultação das preocupações que afligem vários extratos sociais da população, em abordagem com instituições de várias índoles sobre questões que se prendem com a implementação das autaraquias, iniciadas no pretérito dia 09 deste mês. Florêncio Kadjamba que coordenou a equipa de trabalho, fez o balanço da jornada de tranbalho ao Namibe.

Florêncio Canjamba, Deputado da bancada parlamentar em Luanda

“Foram visitadas todas as igrejas previstas, dia 10 de abril foi reservado para o contacto com os cidadãos com intuito de receber e apurar informações, para enfim saber como o nosso povo vive quais as preocupações, assim sendo foram visitados os mercados do peixe, dos eucaliptos e do 5 de Abril. No mercado do peixe, as vendedoras foram desalojadas no primeiro mercado e colocadas no zona em que segundo elas não é propícia para a comercialização de peixe, ainda disseram que o mercado deveria estar próximo do mar pois de lá é que vem os mesmos e a há manuseamento próprio que se faz ao peixe próximo do mar, deste modo pedem ao governo que se digne arranjar um lugar junto ao mar para que se permita o negocio, tanto do peixe fresco como do seco. Os populares do mercado dos Eucapliptos, que se acabe com a desordem de uns estarei a vender fora e outros dentro e que o mercado receba a requalificação necessária porque segundo elas quando chove é um caus o que dificulta a realização de suas actividades. No mercado 5 de Abril tal como os outros mercados, há reclamação da fome”.

Deputados da UNITA vindos de Luanda, terminam suas jornadas parlamentares ao Namibe

 

Dos trezentos  professores que lecionam no município do Camucuio, província do Namibe, apenas quarente benficiam do subsídio de isolamento. O secretário provincial do Sindicato dos professores do Namibe, Martinho Nganga, inconformado com a situação, promete tratar o assunto com a direcção  do gabinete provincial da Educação.

“As últimas cooperções que que houve não deram nenhum resultado porque o governo, veio com a mesma proposta que deveria ser o aumento de salário na base de 25%, mas que só seria apartir de 2025 e não tocaram na questão do salário mínimo nem do IRT, por isso é que as negociações estão paradas. Esperamos que se calhar antes do dia 22 que é a segunda fase o execustivo se reveije para trazer uma proposta aproximadamente a dos Sindicatos”.

Martinho Nganga, Secretário provincial do Sindicato dos professores do Namibe

Secretário provincial do SINPROF no Namibe, Martinho Nganga,  preocupado com quarenta professores do município do Camucuio, que não recebem subsídio de isolamento.

 

Especialistas divergem quanto a exigência do G7, de certificação da origem dos diamantes. Noticiou Manuel José da Voz da américa em Luanda.

Isto para se evitar que diamantes produzidos pela Rússia entrem ilegalmete no mercado mundial em violação às sanções impostas pela sua invasão da Ucrânia.

Numa carta dirigida ao G7 países africanos produtores de diamantes protestaram contra a medida que disseram estar a criar mais obstáculos burocráticos e económicos ao seu negócio.

Mokgweetsi Masisi, Presidente do Botswana

A carta de protesto enviada ao G7 foi iniciada pelo chefe de estado do Botswana e subscrito por outros países de África produtores de diamantes incluindo Angola.

Segundo o presidente tswana Mokgweetsi Masisi este mecanismo de rastreamento do G7 é “um fardo injusto para os produtores de diamante”.

Nós tentamos obter comentário de algum responsável pelo ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás mas não fomos atendidos. Em tentativa idêntica junto dos porta-vozes da ENDIAMA e Catoca fomos remetidos ao ministério dos recursos minerais.

Nós falamos com especialistas em matéria de negócio de diamantes que apresentam opiniões diferentes sobre esta questão.

Rufino Shinde especialista em negociação diamantífera pensa que o G7 não tem que prejudicar outros países por causa da Rússia.

“Eles conhecem bem os diamantes da Rússia não têm que misturar todos os países, sejam africanos ou outros a serem obrigados, antes de vender o seu produto a uma certificação”, disse.

“Penso que o protesto dos países africanos incluindo Angola tem razão de ser.”, acrescentou.

Entendimento diferente tem outro perito no negócio de diamantes, Soba Kapembe, da Lunda-Sul que pede inclusive a Angola e outros para colaborarem com G7.

Imagem ilustrativa de diamante

“Para facilitar o controlo dos diamantes produzidos pela Rússia, realmente todos os países que praticam este negócio de diamantes deviam ajudar, para melhor controlo”, disse.

“A questão não é para não se comprar os produtos daqueles países a questão é apertar o cerco à Rússia, e isso em meu entender não atrapalha em nada, os negócios dos produtores de diamantes”, acrescentou afirmando ainda que “eu até gostaria que estes países africanos facilitassem a questão do G7″.

Na mesma linha de pensamento está o especialista em mercado de diamantes Monteiro Muanza que recordou que uma medida idêntica esteve em vigor durante a guerra em Angola e noutras zonas de África quando se instaurou medidas de ceritificação para se evitar a venda de “diamantes de sangue” usados para financiar rebeliões e guerra.

“Hoje com a invasão à Ucrânia, por parte da Rússia, esta medida visa somente penalizar a Rússia, impedindo que comercializem os seus diamantes, (e por isso) julgo que a medida do G7 tem sentido”, afirmou

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