Autoridades do Município do Namibe cobram ilegalmente 400 mil kwanzas para remoção de lixo nos terrenos privados.

30.05.2021

Autoridades do Município do Namibe cobram ilegalmente 400 mil kwanzas para remoção do lixo nos terrenos privados.

O MWANGOLÉ desta quarta-feira, 26 de Maio de 2021, esteve em debate refletindo a situação da problemática do lixo no bairro Platô. Tendo como convidados dois moradores daquela localidade Amândio Canede e Ambrósio Filipe.

Amândio Canede, morador do bairro Valódia II, diz sobre o estado actual de lixo no seu bairro: “no bairro Valódia II existe um amontoado de lixo, e a população clama pela remoção, mas a administração alega não ter meios para intervir naquela área, propondo a comparticipação dos moradores”. Disse ainda “o valor para essa comparticipação é exorbitante, porque cada cidadão tem que pagar cerca de 400 mil kwanzas por se tratar de um terreno privado, e o dono tem que remover o lixo, caso não, a Administração vai reaver o próprio terreno e atribuir a outra pessoa”.

Sobre a origem de amontoados de lixo, Amândio Canede “são as pessoas, que têm depositado lixo. Na ausência de um aterro sanitário próximo, o local que a população acha que deve depositar o seu lixo, é lá. A reclamação não é de agora, é já de um bom tempo, porque se forem ver no sitio, há indícios antigos de amontoados, o próprio trator da administração é que amontoou, tentaram tirar, não conseguiram e aquilo foi aumentando até que a propiá rua agora está intransitória”.

Ambrósio Filipe, morador do bairro platô “o lixo incomoda, não só os moradores, até as pessoas que passam caminho sentem-se incomodados, porque até a estrada está a ser tapada com o lixo e o que acontece é mesmo isso, um tempo desse, de crise, doenças, a acumulação deste lixo é mesmo complicado, e nós como donos dos terrenos estamos incapacitados de fazer esta contribuição de 400 mil kwanzas. ou lutamos pela fome, pelos nossos filhos, ou lutamos por essa contribuição. De facto, que o terreno foi atribuído a já um bom tempo, mas por falta das possibilidades de vedar ou construir é que não se faz”. disse ainda “segundo o técnico da administração, o terreno é privado e então é o dono do terreno que deve pagar pela remoção do lixo. Mas uma vez que o lixo quem deposita não são os proprietários, até porque nós vivemos um pouco distante, a população local é que deposita o lixo. Agora, nós não conseguimos fazer as nossas obras por causa do lixo”.

Sobre a questão de lixo na cidade do Namibe, Amândio Canede, morador do bairro Valódia II “lamentável não digo, porque pelos meios que a administração tem, está a fazer um pouco de esforço, mas não basta. A cidade não está bem limpa, mas muito suja também não, e lamentavelmente questiona-se o PIIM, destina-se a quê de concreto, se a própria administração que é estado devia se apegar pelo menos a esse fundo, para suprir pequenas necessidades que vai ajudando em termos de meios para remoção do lixos. Porque eles alegam sempre falta de transporte, que tem que fazer recursos as empresas de construção e as vezes tem que pedir ao Lubango província da Huíla, razão pela qual os munícipes têm que comparticipar. É preciso auscultar o povo, para melhor encaminharmos cada situação no seu devido término”.

Ambrósio Filipe, diz que “As populações queixam-se, culpando os donos dos terrenos, mas uma vez que os próprios populares é que metem ali, amontoam ali o lixo e impossibilitam assim os donos dos terrenos de conseguir vedar. Não nos soou bem, por terem nos dito que os terrenos são privados, sim e nós pedimos os terrenos na administração, mas não pedimos o lixo, quem está a meter aí o lixo não são os donos dos terrenos, mas a população que vive naquela região”. Ainda questionou, dizendo “400 mil kwanza nos fica complicado, assim quantos meses ficaremos a trabalhar para podermos pagar o lixo?

Ambrósio Filipe, terminou dizendo “só peço que se faça mais esforço, no sentido de poderem remover o lixo em todas áreas, em todas artérias, a exemplo do que fazem em Luanda. E que possam fazer mesmo campanhas de modo a que possam remover o lixo, porque são vetores de doenças, numa fase dessa que há COVID-19, lixo acumulado é um atentado a saúde pública”, rematou.

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