NFV FORA D` HORAS

29.06.2021

NOTICÁRIO NA RÁDIO “NFV” 28-06-2021

1-Comentasristas do Namibe em 7 dias criticam a imprensa publica no Namibe no caso Edson Kamalanga.

2-Ministério publico não se revê no perdão e pede a condenação dos 10 arguidos do caso desvio de cinquenta e dois milhões de kwanza na caixa de segurança social das FAA no Namibe.

3-Activistas cívicos no Namibe fazem balanço positivo do trabalho desenvolvido para libertação de Edson Kamalanga.

4-Sindicato dos jornalistas no Namibe critica alegada má gestão das empresas de comunicação social.

Nós somos a NFV edição de segunda feira 28 de junho de 2021 coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui, apresentação de Madalena Tchicuendje.

Uma a uma ao desenvolvimento das notícias.

Os comentaristas do Namibe em 7 dias espaço de abordagem dos acontecimentos da semana finda, criticaram a imprensa publica LOCAL por não divulgar com imparcialidade no caso activista Edson Kamalanga. O desenvolvimento desta Noticia com o jornalista Domingos Marcelino.

Fernando Cassinda, Comentarista NFV

O académico Fernando Cassinda, deu nota positiva aos órgãos da justiça local mas repudia o papel da imprensa publica.
“Penso muito mal as médias tradicionais porque a primeira vez que vimos a informação foi a TPA quem passou, que realmente o activista tal, quer dizer, criou-se um impacto tal porque tratava-se de um activista, depois, o caminhar até o encerramento não vi em nenhum momento a TPA passar a informação que o activista que foi acusado daqueles crimes está solto, foi inibido dos crimes. Mancha-se a imagem de alguém, passa-se a informação de alguém, trata-se do jeito que trataram a situação, mas na hora de também informar as pessoas sobre o fecho ninguém vem, precisamos de rever essa situação, depois começa a passar a ideia de que queremos simplesmente beliscar a imagem de algumas pessoas, é preciso nós termos muito cuidado nos tratamentos de vários assuntos”.
Já Florindo Cinco Reis, igualmente comentarista partilha a mesma opinião.

Florindo Cinco Reis, Comentarista NFV

“até hoje não sei ainda há necessidade de existir um Ministério de comunicação social, porque o Ministério de comunicação social estão a serviço do estado, e o estado faz aquilo que lhe convém, por isso é que nós passamos a reclamar que as televisões públicas fazem isto e aquilo, só fazem aquilo que lhe convém porque estão atrelados ao estado, até hoje recebem ordens superiores, mas para quem é jornalista sabe que o jornalista é imparcial. O jornalista tem que informar aquilo que o povo quer ouvir e ver”.
O jurista Manuel Candolo.
“O julgamento é público, porquê que os jornalistas quer seja de imprensa privada ou pública não foram para lá assistir, a filmar para divulgar, a sociedade que essa pratica não se pode, é que a liberdade de imprensa em Angola e particularmente no Namibe é prematura.

O Tribunal provincial do Namibe retomou nesta segunda feira de 28 de junho de 2021 a terceira audiência de julgamento do caso desvio de cinquenta e dois milhões de kwanzas na caixa de segurança social das FAA. O desenvolvimento desta noticia com o jornalista Fonseca Tchingui.

O Ministério publico não se revê no perdão e pede a condenação dos dez arguidos deste processo
A Sessão foi presidida pelo juiz de direito Distinto Tandala, auxiliado pelas Juízas Nduva De Carvalho e Maravilha Da Gama. Ao passo que o Ministério Publico esteve representado pela procuradora Clara Vide Vanda e o corpo de advogados estava constituído pelo Cícero Vissandule e António Bernabé.

Estão arrolados neste processo dez arguidos acusado de crimes de peculato branqueamento de capitais e Associação criminoso. Audiência foi marcada pelas alegações horais e audição de dois declarantes funcionários da Caixa de Segurança Social das FAA no Namibe trata-se de Cláudio Azevedo Vidro e Eduardo Manuel Adão, sendo este último não esteve presente por questões de saúde em Luanda.

Cícero Vissandule, nas vestes de Advogado de defesa assegurou no tribunal que os seus constituintes já devolveram os valores em falta e e pediu a extinção dos crimes em que os arguidos estão a ser acusados.

Corpo de Advogados

“a defesa dos arguidos apresentou junto desse tribunal o comprovativo referente a quantia, o ressarcir ao estado, pelos arguidos correspondente a guia no valor de kwanzas, 31 milhões 487 mil 15 kwanzas e 23 cêntimos, estando assim ressarcido na totalidade o valor de que vem os arguidos acusados e pronunciados, aguardando assim o pronunciamento da entidade acusadora para contemplação dos benefícios legais decorrentes do artigo 399 do código penal vigente, isto é, a extinção do procedimento criminal”.

O Ministério publico na voz da procuradora Clara Vide Vanda disse não se revê no perdão os implicados devem ser condenados.

“nos termos do artigo 339 do código penal vigente, o Ministério público em representação do estado e por uma questão de interesse público, não se revê no perdão uma vez que o locupletamento de valores pelos arguidos foi no sector sensível que se refere a existência e solidariedade daqueles que deram as suas vidas e juventude em prol da pátria mãe, daí que este acto em si coloca em causa a concretização daquilo que são os fins do sistema de segurança social das Forças Armadas”.
O Juiz de causa Distinto Tandala, em nome do Tribunal juntou nos autos os valores ora devolvidos.
“admito a junção aos autos dos comprovativos da liquidação da divida que os autos fazem em alusão a favor do estado”.
Para o declarante Cláudio Azevedo Vidro e actual chefe da repartição da caixa de segurança social das no Namibe, em entrevista ao NFV esclareceu o seguinte.
“As circunstancias para a delegação do Namibe são totalmente desconhecidas, uma vez que o objeto social da caixa da segurança social é o pagamento de gestão de fundos de pensões de militares e existem critérios próprios para inserção desses militantes no sistema de pagamento da caixa social das FAA. O militar precisa ter a cédula de licenciamento da reforma, precisa ter documentos e ele exibi na altura em que ele se apresenta a caixa de segurança social, a cédula de licenciamento da reforma é que que dá autenticidade ao militar para que ele possa ter acesso a sua pensão de reforma, e precisa também ter um tempo de serviço, precisa ter idade própria, precisa ter pelo menos 35 anos de serviço militar ou a idade máxima de 60 anos. A pensão de sobrevivência no caso é atribuída a certos membros, ao cônjuge do militar falecido, os descendentes e os ascendentes do militar falecido, só mesmo as pessoas envolvidas nesse processo sabem explicar exatamente como é que foi montado esse esquema”.

Membros da sociedade civil no Namibe

A leitura do acórdão será feita no próximo dia 16 de julho do ano em curso.
Os activistas cívicos no Namibe fazem o balanço positivo do trabalho desempenhado pela sociedade civil local para libertação do activista Edson Kamalanga.
Pedro de Sousa, membro do Movimento Revolucionário caracterizou de relevante o trabalho feito nos últimos Oito meses.
“tivemos uma ideia, vamos tentar unir todas essas franzes, em vez de chegarmos com um dizer e ir contra essas pessoas, vamos unir todas essas pessoas, é a partir desse momento que começamos a caminhar. Mas num sábado eu e o mano Nelo conversamos, vimos que não, a questão do Kamalanga, 5 meses já é de mais, sem ser julgado a prisão preventiva já é de mais”.

Nelo Da Cruz, igualmente membro do movimento Revolucionário disse que graça a pressão da sociedade civil foi possível a soltura de Edson Kamalanga.
“tivemos apoio de muitos activistas do Tômbwa, estamos a falar do Tchimbwa, Valentim, o secretario da UNITA correspondente no Tômbwa, aqui o Amândio Balança, quer dizer, muitos e então foi assim que a primeira marcha saiu com muito sucesso, apesar do ceticismo de alguns”.

Elias Guito, Secretário Adjunto do sindicato dos jornalistas no Namibe

 

O jornalista e secretário adjunto do sindicato dos jornalistas no Namibe, Elias Guito criticou alegada má gestão das empresas de comunicação social local. O sindicalista fez estais declarações antes da sua partida do Namibe para Luanda onde vai participar na conferencia sobre a “Liberdade de Imprensa e acesso as fontes de informação em Angola, nos dias 29 a 30 deste mês.

“também aproveitar este momento para discutir os problemas internos, que enfermam a classe, como é o caso dos baixos salários, falta de transportes para os jornalistas, falta de qualificações, falta de avaliações, algumas empresas estão a ser transformadas por gestores como suas lavras, portanto, são estas questões que temos que discutir porque não basta só pagar salario”.

Assim terminamos o espaço noticioso desta segunda-feira, 28 de a verdade dói mas liberta estamos juntos.

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