MPLA avalia situação politica e social do sul de Angola

30.07.2021

MPLA avalia situação politica e social do sul de Angola

O partido dos camaradas reúne em Ondjiva dirigentes partidários das províncias da região sul de Angola como se desconhece-se os problemas reais locais.

Por: Armando Chicoca “Silivondela”

Armando Chicoca, Jornalista no Namibe

Luísa Damião, Vice-Presidente do MPLA, chefia a Delegação central do partido dos camaradas que chegou em Ondjiva, capital do Cunene na tarde de quinta-feira,28, onde reúne-se de 29 á 31 do mês em curso com os primeiros Secretários Provinciais do Cunene, Huila, Namibe e Cuando Cubango, igualmente governadores destas mesmas províncias, presumivelmente visando encontrar formulas de recuperar a confiança dos eleitores perdida ao longo dos anos.

A delegação encabeçada por Luísa Damião foi recebida no Aeroporto “11 de Novembro” pela primeira-secretária do Comité Provincial do Cunene do MPLA no Cunene, Gerdina Wlipamwe Didalelwa, igualmente governante bastante contestada naquela Província, ladeada pelo Secretário-Geral do partido dos camaradas Paulo Pombolo, bem como pelos membros do Secretariado e do Bureau Político do MPLA.

Integram a delegação encabeçada pela Vice-Presidente do MPLA, o coordenador do Grupo de Acompanhamento do SBP à província do Cunene, Carlos Feijó, os membros do Bureau Político, nomeadamente, Mário Pinto de Andrade, Rui Luís Falcão Pinto de Andrade, Joana Tomás, Crispiniano dos Santos, João Diogo, Maricel Capama e Ana Paula Inês.

Também fazem parte da comitiva os diretores, Leonel Martins, Manuel Figueiredo e Luís Mota.

Segundo o programa que o NFV teve acesso, Luísa Damião além de orientar o encontro Interprovincial dos organismos intermédios do MPLA da região sul, que compreende as províncias do Cunene, Cuando Cubango, Namibe e Huíla, vai igualmente realizar um acto de massa denominado “Termómetro”, visando medir a temperatura do eleitorado a seu favor no Cunene.

O programa reserva ainda visitas aos seis municípios da província, um dos quais o Curoca com um número elevado de crianças com a anemia severa e mais de dois mil petizes dos 5 aos 10 que fugiram fome para a vizinha República da Namibe, segundo fontes oficiais do governo do Cunene.

A agenda da Vice-Presidente do MPLA também procura suprir as lacunas da recente visita presidencial de João Lourenço no Cunene, concedendo audiências aos representantes do Conselho das Igreja Cristãs, dos empresários, do Conselho Provincial da Juventude e às autoridades tradicionais, muitos destes manipulados na ultima visita presidencial, impedidos ter contacto com João Lourenço.

Lembro no entanto que a direção do MPLA no Cunene tem sido asperamente criticada por estar composta por pessoas da mesma família, “nepotismo” assim como o próprio governo local liderado por Gerdina Didalelwa por activistas no Cunene que dizem ser um retrocesso para as terras de Mandume Ya Ndemufayo.

Até provas contrarias as críticas a governação de Gerdina Didalelwa são descritas como sendo as causas que terão motivado a detenção politica do activista Tchilalo João Muhala no Peu-peu desde o dia 18 de Janeiro do ano em curso cujo a sentença será conhecida no próximo dia 2 de Agosto.

“O MPLA no Cunene não está a corrigir o que está mal, antes pelo contrário os dirigentes partidários e governamentais desta Província pensam que o MPLA é o povo e o povo é o MPLA, reagiu a visita partidária no Cunene uma das mulheres que muito recentemente viu o seu negócio destruído por arrogância dos governantes desta Província na destruição da feira com pertenças dos empreendedores por dentro das instalações.

Outros apelam ainda a vice presidente do MPLA para rever a nova vaga de perseguições aos activistas Pedro Manuel e Lito Deputados, retirados os telemóveis por ordens superiores num dos processos (particular) de suposta calunia e difamação ao Administrador Municipal de Ondjiva.

Muitos consideram que todos estes procedimentos de abuso de autoridade têm como objectivo silenciar as vozes discordantes a governação falhada no Cunene.

A sociedade espera que este fórum do MPLA, em Ondjiva, sirva de catecismo para os políticos arrogantes no sul de Angola que pensam que ainda estamos na década 80, era monopartidária. Que os dirigentes do MPLA nesta região percebam que estamos numa outra era, a era da viragem, a era da democraticidade onde a juventude diz:” não ao abuso do poder, não a arrogância”, e a juventude manifesta-se disposta, se for o caso, doar o seu suor ou sangue em prol da libertação da consciência ainda adormecida.

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