RÁDIO NFV FORA D` HORAS

31.07.2021

RÁDIO NFV NOTICIÁRIO DE SEXTA-FEIRA, 30-07-2021

1-Ancião de setenta e oitos anos de idade morador do bairro Boa Esperança I no Namibe pede apoio as autoridades locais.

2-Nas Universidades do País não há liberdade democrática dizem académicos no Namibe.

3-Membros da sociedade Civil no Namibe lamentam a falta de eficácia dos programas eleitorais em Angola.

4-Academicos no Namibe exortam aos partidos políticos a unirem as energias para democraticidade de Angola.

Nós somos a rádio NFV edição de sexta-feira 30 de Julho de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui e Apresentação de Ester Culembe.

Uma a uma ao desenvolvimento das notícias.

Um Ancião de setenta e oitos anos de idade morador do bairro Boa Esperança I no Namibe pede apoio as autoridades locais. O desenvolvimento desta notícia com a jornalista Madalena Tchicuendje.

João Matias, ancião de setenta e oito anos de idade morador do bairro Boa esperança I no Namibe

João Matias, ancião de setenta e oito anos de idade morador do bairro Boa esperança 1 arredores da cidade do Namibe pede o apoio da sociedade no sentido de mitigar as dificuldades que o mesmo enfrenta. O ancião explica que a sua casa queimou subitamente nos últimos meses e neste momento está residir numa cubata coberta de chapa, o que tem lhe tirado sono devido as dificuldades porque passa.

“Eu fui para outra casa dos vizinhos e encontrei a minha casa queimou mesmo por si, não sei qual é o demónio que fez isso. Agora estou a dormir mesmo desta forma que me encontraram, a cama já queimou, manta queimou, todo vestuário e apenas peço a Deus que vê a minha situação, da forma como estou”, disse.

Para se alimentar conta com a caridade dos vizinhos o que não é suficiente para os dias que sucedem.
“metade que me derem vou me remediando com ele, isso que tenho foram me dando bocado bocado, é assim que estou me remediando”, disse.

Por outro lado o Ancião disse que não tem Família e pede ajuda as autoridades locais.

João Matias, ancião de setenta e oito anos de idade morador do bairro Boa esperança I no Namibe

“A pessoa se já tinha criança, as crianças todas faleceram, agora hoje em dia não tenho nenhuma criança, você vai na casa de quem? a minha família está mesmo aí, ninguém que me conhece, desde que a minha casa queimou ninguém que vinha por aqui, ninguém que me conhece, eu assim mesmo estou a contar que a minha família é o Estado. Muitas gentes que vinham por aqui, uns vão e não vêm mais, estou assim, com a perna a doer e não tenho como fazer. Eu quero ajuda, a cama já queimou”, disse.

Rafael Caumbo, Mototáxista e morador do Bairro Boa Esperança I explica como tem sido o dia-a-dia do mais velho e pede igualmente o apoio da sociedade.

“O mais velho está a viver num bate-chapa pequena, faz muito frio e graças a Deus que as vizinhas também ajudam, lhe dão alguma, matabicho, almoço e lhe dão água. E o mais velho está com uma ferida na perna e não consegue andar, mas a família está mesmo aí não lhe ligam mais. Eu peço ajuda, aquele mais velho precisa de alimentação, por favor a família dele não está a aparecer”, disse.

Nas Universidades do País não há liberdade democrática dizem académicos no Namibe. Esta afirmação foi defendida pelo Académico Manuel Wahanhuca Luís, durante o debate do Mwangolê Fala verdade desta semana.

Manuel Wahanhuca Luís, Filósofo

“Todas as instituições do ensino superior gozam de liberdade académica, que se traduz em assegurar a pluralidade na conceção cientifica e no método, no domínio do ensino e aprendizagem de investigação cientifica e da extensão universitária, nomeadamente por via de elaboração e implementação de projectos educativos, programas de ensino, projecto de investigação cientifica, planos e projectos de desenvolvimento especifico nos termos da presente lei e das demais legislações aplicadas. De acordo aos muitos problemas que enferma o nosso processo educativo”, disse.

A nomeação dos decanos é um dos exemplos vivo desta prática disse o Académico. “A nomeação dos decanos deixam de ser por encomenda indicados pelo partido”, disse.
Os membros da sociedade Civil no Namibe criticam a falta de eficácia dos programas eleitorais dos partidos políticos em Angola, O Filósofo Manuel Luís, defende que o exercício Académico deve ser exercido dentro e fora das academias mas os partidos políticos também devem jogar um papel importante na conceção de ideias e materialização dos programas eleitorais para o desenvolvimento do Pais.

“O exercício reflexivo pode ser feito fora da academia também, e é o que estamos a fazer aqui, e a forma como estamos a fazer é na ideia de despertar consciência, então vamos chegar lá, tarde ou cedo. Os partidos têm que pensar também na possibilidade principalmente o MPLA, apesar de ser um partido de massa e até porque já acompanhamos varias vezes uma vangloria de que os mais inteligentes estão lá no MPLA, mas pelas decisões que eles tomam eu começo a colocar interrogação. Então se os tais doutores e académicos em Angola, os intelectuais são do MPLA essas decisões se justificam-se como? por isso é que eu tenho dito aos meus mais próximos, não te iluda pela propaganda, e essa propaganda do MPLA corrigir o que está mal e melhor o que está bom, se olharmos para ela da aqui a sensação que a ideia é boa, mas não é o que fazem”, disse.

Enoque Livulo, formado em psicologia também partilha da mesma opinião.

Enoque Livulo, Psicólogo

“Vejamos que parte maior da sociedade civil, os indivíduos que integram-se, grupos políticos da oposição, a pontuação primaria é ter algum poder, um cargo ou responsabilidade politica naquele grupo, mas o meu foco quanto a sociedade civil é tomar consciência, é fundamental que o cidadão tome consciência, desperta o seu sentido de cidadania a fim de que possa exigir do Estado que lhe deia aquilo que é seu de direito, independentemente da filiação partidária do A, B ou C, isso é fundamental. O individuo tem que perceber o quê que é seu de direito, o quê que o Estado lhe deve dar, sem que necessariamente tenha que pedir”, disse.

O comunicólogo Manuel Cangombe, disse que é preciso que o povo angolano mude de mentalidade para dar o não no poder.

“Para aquelas sociedades em que há um partido que está a eternizar-se no poder, as duas forças opositoras devem unir-se para fazerem pressão ao Estado e para o nosso caso é semelhante. A tarefa de tirar o partido que sustenta o governo a mais de 40 anos é da preocupação não só dos partidos políticos como também da sociedade civil, os partidos políticos têm uma ferramenta jurídica que lhes permite fazer politica quando necessário e a sociedade civil tem também uma ferramenta jurídica que lhes permite manifestar quando também for necessário, no fundo no fundo as organizações devem estar juntas quando necessário”, disse.

Eduardo Cassanga, Filósofo

Eduardo Cassanga, Filósofo, “temos notado que principalmente no lado da oposição tem se mostrado disposto para com a actual governação, mas não tem tido abertura. Até hoje o actual Presidente eleito pela UNITA já foi entrevistado numa cadeia publica? então que solução ele vai dar, a quem apresentará soluções? A nossa oposição juntamente com a sociedade civil é quem devem fazer pressão a quem governa, isso sim nós devemos concordar, agora olhar para a oposição como salvação também não, porque a nossa oposição não está equilibrada, se o parlamento estivesse equilibrado aí sim teríamos motivos para exigir da oposição”, disse.

 

Assim terminamos o espaço informativo desta sexta-feira, 30 de Julho de 2021, a verdade doi mas liberta, estamos juntos.

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