Namibe em 7 dias, Edição de Segunda-feira 27 de Setembro de 2021

30.09.2021

O elevado custo de vida leva mulher a comer areia para saciar a fome na província do Namibe.

Por: Paulo Fernando

 Manuel Luís comentou a situação: “quando eu tomei o conhecimento dessa situação fiz recurso a constituição no sentido de podermos compreender a que se deve essa realidade, de que forma é que o Estado em certa medida promove o bem-estar da população. Toda a forma governativa deve focar-se no bem-estar da população, quando nós nos deparamos com essa situação é lamentável”, disse.

Para Florindo Cinco Reis: “O fim ultimo de qualquer governação é garantir o bem-estar das populações e de nada vale nós apresentarmos politicas de combate a corrupção, politicas de construção de estradas, se nós não garantirmos aquilo que é mais essencial, a alimentação, porque um povo que tem fome não tem um raciocínio logico, menos trabalha, por isso apelamos aqui ao executivo que temos que ver bem as criticas”, expressou.

Três pessoas morreram na garganta, Município da Bibala.

Manuel Wahanhuca Luís Filósofo: “A situação da fome, reparem por exemplo, hoje falasse da situação da qualidade de ensino, como haver com pessoas que padecem da fome, a fome em certa medida baixa o nível de desenvolvimento psico-motor do aluno. Nós estamos a falar de pessoas que morreram, hoje estamos preocupados com a Covid-19, tudo bem entendemos, mas estamos anos esquecer de elementos importantes que acabam matando as pessoas paulatinamente, é triste haver ainda em Angola pessoas que morrem de fome”, lamentou.

Mentora do projecto mãos que falam, diz haver necessidades de se implementar língua gestual no ensino geral.

 Florindo Cinco Reis: “É uma situação bastante louvável, visto que atualmente as escolas do ensino geral também podem receber os estudantes que têm necessidades pessoais, por isso não basta só receber esses estudantes, é necessário também que se capacite os professores desses estudantes porque muitos de nós estamos habituados com os estudantes normais e as vezes nem percebemos que dentro da sala há um estudante que possui necessidades especiais”, disse.

Manuel Luís: “A nível da educação de inclusão hoje é aconselhável criar instituições especificamente para estudantes que padecem de necessidades especiais, e alguns autores defendem isso como exclusão, estou de acordo com a iniciativa pronunciado pela mentora do projecto mãos que falam”, frisou.

Moradores do bairro Valódia aos redores de Moçâmedes dizem que estão a mais de 30 anos sem canalização de água potável.

 Manuel Luí: “O facto é lastimável, quase a minha idade. Cá no Município sede há bairros com mais de 30 anos sem agua canalizada, eu gostaria de desafiar o governador que se pronuncia-se a respeito, porque a ausência desses elementos que são indispensáveis para uma vida de qualidade, então qual é a qualidade de vida que esse povo terá? Nós enquanto funcionários publico no pouco que temos conseguimos comprar uma água a partir das cisternas, e aquelas famílias que não têm rendimento, onde vão adquirir a água, a maior probabilidade é de consumirem água impropria e consumindo água impropria trará consequências graves nos organismos e depois teremos problemas de saúde publica”, lamentou.

Florindo Cinco Reis: “O bairro Valódia nunca teve água e não é um bairro que está muito distante da cidade, nós temos a nova centralidade da praia Amelia tem água e o tubo passou mesmo ali nas imediações do bairro, e isso aqui deixa bastante frustrada as populações daquela área. Eu não sei qual é a situação, muito governadores passaram aqui, não implementaram o projecto de canalização de água”, disse.

Governador Archer Mangueira lançou as brigadas de vigilâncias comunitárias na província do Namibe para combater a criminalidade, e o comandante provincial da policia nacional disse que o défice de efetivos da policia nacional no Namibe poderá ser preenchido.

 Florindo Cinco Reis: “é uma boa noticia porque realmente acompanhei a informação e fiz um artigo sobre isto louvando essa iniciativa, até porque os efetivos da policia nacional não chegam, seria bom se em medida em que a população vai crescendo, em que os bairros vão surgindo, também a policia nacional seguisse essa cadencia, porque nós temos um numero de efetivos bastante reduzido e a cidade de Moçâmedes já é uma cidade extensa e as vezes fica difícil nesse policiamento de proximidade, e nós sabemos que não temos energia elétrica em todos os bairros, isso dificulta ainda mais e dá azo a bandidagem, a delinquência”, disse.

Manuel Luís: “como académicos temos que começar a nos interrogar, qual é a causa causante dessa criminalidade, nós vamos criar brigadas tudo bem, mas achas que as brigadas vão resolver os problemas, nós temos que atacar os problemas e nós dissemos aqui que há pobreza, é que a população não tem o que comer e nós temos de entender que quando as necessidades falam mais alta, a moral aqui não tem espaço e isso é um questão de criação de condições e não de brigadas, eu sou séptico porque vai ser uma medida que não terá pernas para andar”, disse.

Balcão único de atendimento ao publico “BUAP” arrancou oficialmente no dia 23 de Setembro em todo o país e a província do Namibe conta apenas com 3 centros de atendimento dos 16 previstos.

 Florindo Cinco Reis: “avizinham-se as eleições e é necessário que se fação atualizações do registo eleitoral, felizmente eu já recebi o meu cartão de eleitor, um dos aspectos que eu contatei nesse processo é a lentidão do sistema, o sistema é muito lento e as vezes dificulta informações, e que se reforce mesmo a questão da técnica porque para atender um individuo passa-se 10 a 15 minutos”, reagiu.

Para Manuel Luís: “qual é a diferenciação do ponto de vista funcional entre o BUAP e o SIAC, porque SIAC é o sistema integral de atendimento ao cidadão e o BUAP é o balcão único de atendimento ao publico, a uma soma avultada gasta para o BUAP, mas estão a contruir SIAC, eu não consigo perceber. A falta de prioridades do nosso executivo está incluir amontoados de politicas e que depois caiem por terra”, disse.

 

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