MAKAS CONTINUAM NA EMPRESA ACP-SOLIDARIEDADE NO NAMIBE

23.04.2022

A empresa ACP-Solidariedade deve mais de 17 milhões de kwanzas aos trabalhadores.

Por: Fonseca Tchingui (NFV).

antigos trabalhadores da empresa “ACP-Solidariedade” no Namibe

Os antigos trabalhadores da empresa “ACP-Solidariedade” no Namibe, vocacionada para o transporte de passageiros nesta cidade, protestaram nesta quinta-feira, 21 de Abril, defronte a empresa para exigir salários que não são pagos a 4 anos.
Florivaldo António, antigo cobrador é um dos inconformados a com a situação.

“Nós estamos aqui no sentido de reivindicar os nossos salários que não são pagos a mais de 4 anos, o caso já foi levado as barras do Tribunal mas em função da Covid-19, que assolou o País a empresa tinha se prontificado em pagar os nossos salários que infelizmente até aqui ainda não nos pagou. Tendo sublinhado que razão pela qual estamos aqui para exigir aquilo que é do nosso direito, a empresa nos deve mais de 17 milhões de kwanzas no universo de 40 trabalhadores”. Disse.

Por se tratar de uma empresa alegadamente constituída pelos dinheiros públicos, em que parte dos sócios da empresa são antigos gestores da província André Sapalalo, suspeita que este é um dos panos de fundo que faz com que ao processo não tenha pernas para andar no Tribunal do Namibe.

” Estamos desgastados tanto com a empresa assim como a própria justiça na província do Namibe, já batemos portas o tribunal já nos ouviu e nós ganhamos a causa mas desde que os trabalhadores ganharam não a sequência do nosso processo”, reagiu.

Hilária Tchipilica, é outra trabalhadora que esteve adecta aos serviços de limpeza e mãe de sete filhos disse que a ausência do seu salário concorre para muitas dificuldades.
” Trabalho na ACP desde 2009, vim aqui para reclamar o meu salário, nós choutaram da empresa em 2016, este dinheiro que trabalhei com muito sacrifício está fazer muita falta, eu vendo verduras na praça, passo por muitas dificuldades quero que nos paguem já o nosso dinheiro”, exigiu.

Paulino Manuel, de 60 anos de idade também trabalhador da referida empresa, disse ao NFV que o seu futuro está ameaçado.

“As pessoas que estão afrente desta empresa são grandes figuras aqui na nossa província do Namibe, são deputados, a princípio quem estava dirigir era o antigo governador local Álvaro de Boa Vida Neto, que depois foi para província do Bié e ficou na mão dos acionistas que até hoje não ligam nada”, frisou.

Paulino Manuel, de 60 anos de idade

O pior de tudo isso é que mais velho deixou de pagar a sua quota no partido que sustenta o governo.
“Eu que vos falo sou militante do MPLA desde 1980, a estes anos que nos deixaram de nos pagarem também deixei de pagar a quota financeira no partido, preciso ir a reforma e não tenho como, neste momento estou a lutar para formar os filhos mas infelizmente não tenho como fazer. Pelo menos na governação do Presidente João Lourenço, não deveria ser assim os que fazem pouco ao povo deviam ir para cadeia mas aqui no Namibe não acontece “, lamentou.

Em nome do interesse público a redação do NFV, contactou Josefa Florinda Cassinda, actual gestora da empresa ACP-Solidariedade no Namibe que deve mais de 17 milhões de kwanzas aos 40 trabalhadores da referida empresa respondeu as inquietações dos visados que manifestaram-se quinta-feira, 21 de Abril defronte a empresa exigindo os seus salários que não são pagos a 4 anos.

“ACP-Solidariedade”

As instalações da ACP está penhorada e os trabalhadores sabem, está tudo nas mãos do Tribunal, até nós também estamos a espera do fim dessa história toda. Neste caminhar a entidade empregadora já não tem puder de resolver nada. Tudo vai depender do Tribunal. Este documento foi fixado pelo Tribunal la na empresa, está Exposto para todos. Eles só estão a culpar o empregador sem razão.

São 2 grupos de trabalhadores dispensados cada um com seu processo, e um já está nesta fase de penhora, eles juntaram-se todos (os dois grupos). Certamente que o Tribunal deve estar a trabalhar no sentido de juntar os dois processos, também estamos a espera.
Os despedimentos foram fruto da deterioração dos autocarros. Nós dependemos das receitas dos fretes, com autocarro parado não tínhamos como pagar ou manter os trabalhadores.
Lembrar aos internautas do NFV, tudo estamos a fazer para termos uma entrevista com a responsável, que neste momento alega estar doente.

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