NFV FORA D` HORAS 19-04-2022

 

NOTICIÁRIO NFV, EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2022.

1-CASA-CE no Namibe denuncia acto de intolerância política no Município do Camucuio.

2-Presidente da Câmara e Indústria agropecuária no Cunene quer aproveitamento racional das águas dos rios locais.

3-Director da Cultura no Namibe defende a preservação dos monumentos e sítios.

4-Desaparecimento misterioso de Augusto António Sebastião Tomé, de 50 anos de idade inquieta famílias na localidade da Macala no Namibe.

5-Empresa salineira SAL DO SOL poderá encerrar as portas caso a crise que atravessa prevaleça por mais três meses.

Somos à rádio On-line NFV, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e garantia técnica de Fonseca Tchingui, apresentação das notícias a Ester Culembe, apoios da NED e da Open Society.

Augusto António Sebastião Tomé, de 50 anos desapareceu de forma misteriosa a duas semanas na localidade da Macala no Namibe.

O infortúnio aconteceu na localidade da Macala, segundo fez saber José Paulão Sebastião Tomé, irmão mais novo, que pede o envolvimento das autoridades locais, para a localização do desaparecido depois de ter se despedido que iria a cidade do Lubango província da Huíla.

“Estou a procura do meu irmão de nome Augusto Tomé que desapareceu a duas semanas atras na Macala onde ele vive e tem a sua família, dias atras ele vendeu uma parcela de terra e pegou um montão de dinheiro dizendo que vai levar na mãe no Lubango, afinal de conta nem no Lubango chegou e não sabemos onde ele está”, disse.

Augusto António Sebastião Tomé, tem quatro filhos 1 dos quais encontra-se detido facto que o deixa angustiado, e a esposa passa o dia a chorar.

“Eu estou aqui na cidade a girar e nunca consegui encontrar nenhuma pista, mas na cidade do Lubango nunca lá fui e a mãe disse que lá ele não apareceu, é muito complicado essa situação”, lamentou.

Pedro Hangula, diretor do Gabinete provincial da cultura turismo e ambiente, em entrevista concedida ao NFV, segunda-feira, 18 de Abril, por ocasião do   dia internacional dos monumentos e sítios data instituída pelas Nações Unidas, disse que a Província do Namibe, preserva 9 patrimônio históricos nomeadamente as pinturas rupestres do Tchitundu-Hulo localizado no Município do Virei e outros espalhados a nível da província.

“A nossa província reserva novos patrimónios históricos classificados, temos dentre esses o de Tchitundu-Hulo que concorre para inscrição a património histórico da humanidade e agora celebrando mesmo essa data o 18 de Abril deste ano conseguimos inscrever mais dois patrimónios nacionais”, frisou.

“A Fortaleza de São Fernandes, Paróquia do Santo Adrião, Palácio do Governo, edificio da Alfandega, Torre do Tombo, Forte do Kapangombe, Estação Arquiológica de arte repustres do Tchitundulo-Hulu, Makahama, Cine Estúdio e as pinturas rupestres do Caraculo”, esclareceu.

Questionado sobre os recursos financeiros arrecadados pelo sector resultantes do pagamento de imposto através do Turismo, o responsável do sector da Cultura, ambiente e Turismo na Província, esclareceu o seguinte.

“O nosso gabinete não é um gabinete que arrecada fundos, nós não fizemos nenhum tipo de arrecadação até o momento, mas vou falar daqueles que têm sido mais visitados pelos turistas quando passam a cidade de Moçâmedes há uma grande curiosidade em conhecer o  Tchitundu-Hulo que é um pouquinho distante e acaba dificultando a visita, mas tem sido um local muito visitado”, realçou.

O Presidente da Camara e Indústria agropecuária no Cunene quer um aproveitamento racional das águas dos rios locais.

Na visão de Jorge Manuel António, Angola é o único País que não aproveita os seus recursos hídricos na província do Cunene, tendo acrescentado que a seca que tem assolado aquela província, deve-se a ausência da chuva, mas os rios nunca secaram.

“a nível de Angola somos os que não aproveitam muito a bacia do Cuvelai, a nível da Namibia, a partir da nossa fronteira que em termos de produção interna nas fazendas agrícolas produzem na base desse lençol da bacia do Cuvelai, do ponto de vista hídrico temos dois rios de curso permanente, o rio Cubango e o rio Cunene que dá para fazer agricultura irrigado”, disse.

Faustino Cortez, vice-governador da província do Cunene para o sector técnico e Infraestruturas, disse que mais 900 furos de águas foram criados naquela província e 50% destes estão inoperantes.

“nós temos a nível do Cunene um universo de 900 furos que infelizmente 50% dos mesmos estão inoperacionais, da implementação dos projetos não é muito notório porque temos um excesso de chuvas, mas eles visam responder os efeitos da seca”, frisou.

Ouvíamos os pronunciamentos do vice-governador do Cunene para o sector técnico e infraestruturas quando falava a rádio nacional de Angola.

A CASA-CE no Namibe, denuncia ato de intolerância política no Município do Camucuio. Francisco Kandjamba, secretário Provincial da CASA-CE no Namibe que lamentou o facto disse que aquela organização política já registou mais de três casos de intolerância que resultaram na expulsão de dois jovens da localidade do Caluvundo, Município do Camucuio, província do Namibe.

“Três casos, o primeiro foi de sois jovens da aldeia do Caluvundo foram mobilizados e aderiram a CASA-CE e consequentemente o secretario do MPLA do bairro disse que não se sentiria bem conviver com a oposição na aldeia e forcaram os pais dos jovens a escorraçarem os seus filhos das casas e nós informamos as autoridades locais que nada podem fazer, mas também poderiam chamar os pais para consencializa-los”, lamentou.

Ouvíamos as declarações do secretário Provincial da CASA-CE no Namibe, Francisco Candjamba. Já o secretário Municipal da CASA-CE na cidade capital do Namibe João Sabino, recém-empossado para conduzir os destinos da coligação acredita que a partir da agora o desafio esta lançado.

“Cabe-nos agora levar a nossa mensagem que é conhecida e reativarmos os núcleos e levamos a outras localidades que não existem”, frisou.

O Vírus de importação de produtos de que o país é um potencial produtor continua a penalizar empresas nacionais que vêm cada vez mais reduzidos os seus rendimentos e níveis de produção.

Nos últimos meses entraram no país vinte mil toneladas de sal importado, numa altura em que se propala a valorização da produção nacional em detrimento de importação de produtos que podem ser produzidos localmente.

Fernando Gomes Solinho, sócio-gerente da empresa SAL DO SOL, uma das maiores  produtora do sal no Namibe, que denunciou o facto, deplora essa política do Executivo, uma vez que as províncias de Benguela e Namibe são capazes de alimentarem o mercado nacional.

“Essa situação tivemos o cuidado de informar ao ministro com antecipação e o mesmo achou por bem que nós estávamos a blasfemar a noticia, mas o produto chegou e o sal deixou de ter o seu curso natural”, disse.

Como consequência de inundação do mercado nacional com produtos importados, a SAL DO SOL tem retidas em armazém 5 mil toneladas de sal por falta de escoamento.

“Se as coisas não melhorarem nos próximos dois meses a próxima entrevista vai ser para informar que vamos encerrar a nossa empresa, nós estamos com cerca de 5 mil toneladas de estoque que representa a produção de mais de um ano”, lamentou.

E caso a situação prevaleça por mais três meses, o empresário poderá encerrar a sua empresa e mais de cem trabalhadores ficarão no desemprego.

“Nós temos uma gestão com elevadas responsabilidades, naturalmente que se essa situação continuar por mais três meses vamos começar a entrar pela primeira vez na historia da nossa existência em falhas para com os trabalhadores e não só”, frisou.

E com esta notícia colocamos ponto final, muito obrigada a todos a verdade dói mas liberta estamos juntos.