Cresce o número de ativistas vítimas de espancamento por agentes da Polícia Nacional na vila Diamantífera de Cafunfo, Província da Lunda Norte.
Por: Fonseca Tchingui (NFV)
Depois de Jordan Muakabiza, ativista cívico e correspondente da rádio Online “Rádio Angola” ter sido agredido supostamente por agente da SIC, identificado pelo nome Domingos José Vadinho, no passado dia 22 de Outubro de 2022, desta vez foi mais um outro ativista e defensor dos direitos humanos naquela parcela territorial do nosso País. O caso aconteceu na quinta-feira, 27 do ano em curso, na vila diamantífera de Cafunfo Município do Cuango Província da Lunda Norte, segundo declarações da vítima Zacarias Zibandambela, de 48 anos de idade. O facto foi reportado pelo correspondente da rádio Angola em Cafunfo Jordan Muakabiza.
“Eu chamo-me Zacarias Zibandambela, tenho 48 anos de idade, o caso aconteceu por voltas das 11h e 20 minutos, quando saia de casa no bairro capango, para loja a procura de pregos posto na estrada encontrei dez agentes da polícia mistos com os agentes da SME e alguns efectivos da FAA, estavam a fazer o seu trabalho não sei se estavam a recolher estrangeiros. Então eu queria atravessar a estrada apareceu-me um agente de terceira classe da polícia na minha frente e mandou-me parar senhor não atravessa a estrada perguntei porque é que não posso atravessar estrada? “ Não você não atravessa estrada, o senhor me conhece? Não conhecemos são vocês que têm a mania de começar a ligar atoa, gostam interferir no trabalho dos outros, perguntei qual é o trabalho que eu vou interferir? Questionou.
A vítima continuou dizendo que “ Assim que eu falei o senhor agente pegou-me na argola da camisa e deu me duas chapadas pa!, pa!, tentei perguntar os amigos dele vieram quando chegaram queriam-me algemar e feriram-me no dedo indicador da mão esquerda eu lhes disse que vocês não podem algemar –me, o que estão fazer é abuso de poder”, lamentou o ativista.
Ainda de acordo com a vítima disse que “ eram cerca de dez efetivos dos distintos órgãos do Ministério do Interior destacados naquela parcela do território angolano.
“Era dez efetivos e eu conheço apenas um Subinspetor do SME de nome “Sombo” que encabeçou o referido efetivo. Depois disto ter acontecido um agente do SME tentou aconselhar-me eu disse-lhe que isto não pode ficar assim, o agente da polícia não pode tocar no cidadão indefeso”, disse.
Os atos de abuso de poder protagonizados por agentes da Polícia Nacional em Cafunfo, têm sido frequente nos últimos dias, em menos de uma semana Cafunfo conheceu dois casos de agressão física contra pacatos cidadãos.
“Eu não posso receber bofetadas numa coisa que eu não conheço, naquele preciso momento liguei para Comandante Municipal da Polícia para lhe pontualizar sobre a situação que se passou comigo, fui até a esquadra informei a situação só tirou-me os dados dizendo que esta hora o efetivo em causa está no giro, quando voltarem na hora do almoço vamos te ligar mas infelizmente não ligaram-me por isso é que achei conveniente denunciar o comportamento negativo do efetivo da Polícia aqui no Cafunfo”, denunciou tendo acrescentado que “eu sou civil fui espancado e também não sou único no sábado dia 22 do corrente mês aconteceu o mesmo caso com o activista Jordan Muakabiza, foi espancado por um oficial do SIC, quando este fotografava um cadáver junto ao mercado local, nós somos activistas defensores dos direitos humanos”, disse.
Nós os aqui já estamos a nos sentir ameaçados, e não podemos continuar ser ameaçados por agentes da polícia, quer dizer que, estão a impedir a voz da sociedade, eles não querem que a sociedade fale ou os direitos humanos funcione nesta área “concluiu o activista.
E o Namibe Fala Verdade, tudo fez para ouvir as autoridades policiais naquela província sem sucesso.