A Batalha em tribunal (entidade patronal “estaleiro do governo” e os trabalhadores) já leva 12 anos onde mais de 250 trabalhadores reclamam salários de 13 anos, subsídios de férias, e outros direitos sociais.
Por: Armando Chicoca “Silivondela”.
Em consequência da degradação social muitos destes trabalhadores já partiram para a eternidade, mas os seus descendentes juntaram-se a causa com os colegas de trabalho de seus progenitores.
Enquanto activista cívico, fomos nós que abrimos caminho para a ligação com o Advogado do povo em Benguela Dr Francisco Viana para dar corpo a reivindicação dos trabalhadores em conflito com a entidade patronal.
O advogado Francisco Viana deslocou-se ao Namíbe mais de três vezes fezendo um grande combate judicial, mas faltou a atitude da parte do Tribunal que em outros momentos do andamento do processo, mesmo ter confirmado o desvio dos bens que tinham sido arrolados para penhora, por um dos vice-governador, não teve garra para a responsabilização do mesmo.
Com a criação no Namibe do escritório de Advogados Francisco Viana, sabiamente liderado pelo incansável Advogado Francisco Candjamba, a luta pela descoberta da verdade e pelos direitos e dignidade dos trabalhadores ganhou consistência.
Ao longo da caminhada, descobriu-se que depois daquele estaleiro ter perdido a sua mística pelo qual tinha sido criado, ainda na era do antigo Governador Salomão Xirimbimbi que visou produzir material de construção para de um lado incentivar os namibenses a cada um construir a sua própria casa, por outro lado deu-se emprego a vários angolanos que acreditaram no projecto.naquela altura os reclamantes trabalhavam na paz e tinham salários em dia, mas a saída Salomão Xirimbimbi do Namibe para Ministro das pescas também morreu o objecto social do estaleiro por ambição e desviado dinheiro por parte daqueles que deveriam da continuidade do projeto.
O estaleiro passou a servir interesses alheios e também por arrasto começou o sofrimento dos trabalhadores. Os chefes do plano e o vice-governador para infraestruturas Antônio Correia, segundo explicação dos líderes do grupo contestatário, fizeram deste estaleiro uma incubadora para fins económicos pessoais e ESQUECERAM-SE dos direitos salariais dos trabalhadores.
A antiga governadora Cândida Celeste percebendo-se VC do conflito, orientou o Vice-governador Antônio Correia resolver o conflito, e se possível, vender alguns meios deste estaleiro para pagar o salário dos trabalhadores em causa.
A orientação não foi cumprida e o mais grave a partir daquela altura começou a registrar-se o desaparecimento de máquinas operacionais desviada para várias direções.
Com apoio do SINSE localizou-se os meios desviados, mas a entradas de outros governadores, talvez com interesses diferentes, regrediu a marcha deste processo, presumindo-se nesta altura ter havido explicação errada aos novos governadores Rui Falcão e Carlos da Rocha Cruz Cairo que mantiveram o mesmo Vice-governador Antonio Correia e por outro lado também presume-se também ter havido influência político-partidário.
O Advogado Francisco Candjamba é a força da razão que está neste momento a dar esperanças aos pobres trabalhadores em levar este barco para o porto preconizado.
Na foto advogado Francisco Candjamba a frente dos trabalhadores saindo do tribunal cível nas três AAA.