CUANDO CUANDO:   SOCIEDADE CIVIL DIZ SER  PERSEGUIDA PELO  GOVERNO

18.11.2022

Os membros da sociedade civil na província Angolana do Cuando Cubango dizem que a liberdade de expressão e de imprensa ainda é uma luta continua face ao ambiente político governativo que se vive na Província.

Por. Fonseca Tchingui

Francisco Tchombé, activista cívico na cidade de Menongue capital da Província do Cuando Cubango, durante o debate desta manhã de sexta-feira, 18 de Novembro de 2022, promovido pelo projecto NFV, no largo Dr. António Agostinho Neto, que abordou a situação social e política da Província, fez saber que por ter denunciado um caso ligado a Casa de Segurança da República de Angola no Cuando Cubango,  custou lhe prisão gratuíta de 4 dias em 2021.

Membros da Sociedade civil no Cuando Cubango

“Por ter denunciado um caso de segurança da república no Cuando Cubango, fui detido e fiquei quatro dias na cadeia, mas verdade como sempre vence, graças fui libertado. No segundo caso aconteceu em Setembro último, quando questionei ao Administrador Municipal de Menongue, José Ernesto Silva, sobre a falta de iluminação em uma das salas onde tinha um encontro entre os membros da Administração e a sociedade civil infelizmente isto foi suficiente para minha detenção onde permanece durante oito horas”, reagiu.

Piedoso Kenke, outro jovem igualmente membro da sociedade civil no Cuando Cubango, sublinhou que a liberdade de expressão e de imprensa nas terras do  Mwene Vunongue ainda é um desafio dos activistas locais.

“Eu gostava dizer que os jovens no Cuando Cubango têm liberdade de expressão mas numa questão valorativa, eu poderia dar uma percentagem não muito superior porque nós temos aqui uma sociedade civil que corresponde as necessidades da sociedade e aquela que apenas que preocupa-se em defender quem esteja no governo”, disse.

Dos direitos e liberdades fundamentais constitucionalmente consagrados na CRA, não é tudo no Cuando Cubango, a falta de tudo um pouco, a Província tem nove (9) Municípios apenas o Cuito Cuanavale, está interligado com a energia eléctrica segundo António Fernando, igualmente membro da sociedade civil local.

“Até ao momento dos dados que nós temos apenas o Município de Menongue, capital sede, tem corrente eléctrica os demais Municípios ainda continua no jejum da escuridão, temos colocado estas questões as autoridades governamentais locais nunca foram tidos nem achados, pedimos aquém é direito para que resolva está situação que perdura há muitos anos”, descreveu.

Já António Buamba, manifestou-se preocupado com a situação de insegurança pública e a ausência da distribuição da energia eléctrica, nos vários bairros periféricos da cidade capital do Cuando Cubango.

“As questões que mais preocupam as populações na cidade de Menongue têm a ver com a falta de água, energia eléctrica e o nível de insegurança que regista-se no seio das comunidades. Infelizmente nestes bairros o povo passa por muitas dificuldades, os bairros mais críticos são: Boa Vista, Boa Esperança, Banda Velha”, disse.

Palácio do Cuando Cubango (NFV)

A província Angolana do Cuando Cubango tem nove Municípios (9) é a segunda maior do País, depois da Província do Moxico, tem uma população maioritariamente camponesa, banhada entre as chanas e as florestas rica em recursos naturais mas o seu povo ainda enfrenta inúmeras dificuldades associadas ausência de políticas públicas exequíveis que visem combater as assimetrias regionais. Jorge Martins, é o atual Governador da Província do Cuando Cubango, substituiu Júlio Bessa, exonerado no ano passado pelo Presidente da República João Lourenço, por suspeitas de corrupção. José Martins, também está ser criticado no círculo Provincial por alegadamente estar a favorecer  pessoas ligadas a tribo dos Nganguelas na atribuição de cargos públicos, em detrimento de outras etnias que constituem o mosaico cultural da Província, o que deixa enfurecido os membros da sociedade civil local.

O NFV, tudo fez para ouvir as autoridades governamentais locais infelizmente não tivemos sucesso, mas soube de fonte segura que Luísa Damião, Vice- Presidente do MPLA está nas terras do Progresso em representação do seu líder João Lourenço, onde orienta sábado 19, de Novembro de 2022, o ato  central em alusão os 60 anos de existência do braço juvenil do partido  que sustenta o governo.

Fonseca Tchingui, na edição, coordenação de Armando Chicoca, apoios da NED e da Open Society, a verdade dói mas liberta estamos juntos.

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