Noticiário NFV, edição de sexta-feira dia 31 de Maio de 2024 com os seguintes tópicos:
1 – Falta de combustíveis no Virei pode afectar cooperativas agrícolas;
2 – Namibe: Sector da saúde sensibiliza empresários a apoiarem feira de doação de sangue;
3 – Especialistas dizem que região nas encostas das serras da Humbia, e da Leba município da Bibala, é fértil para produção do café;
4 – Huambo: indicadores de produção local, ainda estão aquém da segurança alimentar;
5 – Namíbia começa a deportar crianças angolanas.
Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou Dino Manuel, com apoios do NED e da Open Society.
Há mais de trinta dias que o município do Virei, província do Namibe, está privado de abastecimento de combustíveis, e a situação poderá afectar as cooperativas agrícolas. A preocupação foi manifestada ao governador da província, Archer Mangueira, por munícipes daquela localidade, que pedem a substituição do concessionário.
Munícipes do Virei
Archer Mangueira, Governador da província do Namibe
Archer Mangueira que auscultou esta e outras preocupações da comunidade, nesta quarta-feira, mostrou-se apreensivo com a situação, e reconheceu que poderá afectar as cooperativas que têm vindo a beneficiar de insumos e imputes agrícolas.
Governador do Namibe Archer Mangueira, esta quarta-feira, durante o encontro de auscultação às preocupações que afligem munícipes do Virei.
Coríntios Miguel, Diretor do Gabinete provincial da Saúde no Namibe
O Director provincial da Saúde no Namibe, Coríntios Miguel, apela aos operadores económicos para apoiarem a feira de doação de sangue. O apelo é extensivo às igrejas, associações e a sociedade em geral.
Diretor do Gabinete provincial da Saúde, Coríntios Miguel apela aos empresários e não só, no sentido de apoiarem a feira de doação de sangue.
José Mário, Director da Comunicação social do Namibe
Estudos feitos por especialistas, indicam que a região nas encostas das serras da Humbia e Leba no município da Bibala (Namibe), oferece condições para a produção do café, uma estratégia do governo, que visa combater o abate indiscriminado de árvores para o fabrico de lenha e carvão. Esta é a conclusão a que chegaram os membros do governo do Namibe, reunidos quarta-feira última no município do Virei. O Director da Comunicação Social José Mário apresenta já a seguir o excerto do comunicado final.
Região nas encostas das serras da Humbia e Leba no município da Bibala (Namibe), oferece condições para a produção do café. Ouvíamos Director da Comunicação, José Mário, quando faziam o resumo das conclusões do encontro da terceira sessão ordinária do governo provincial do Namibe.
O vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Elavoco, considerou, esta quinta-feira, que os indicadores de produção local, ainda estão aquém da segurança alimentar. Os dados adicionais desta notícia é com a Fina Satchipamba.
Segundo ANGOP, o responsável fez estas declarações no Workshop sobre as Medidas de Estímulo à Economia- “Opções de Financiamento para os Operadores Económicos”, que juntou gestores públicos, académicos, produtores individuais, presidentes de cooperativas e associações agropecuárias, numa iniciativa do Governo local.
Na ocasião, disse que a leitura aos principais indicadores atuais da produção sugere que se está aquém dos níveis que atendam aos desígnios da segurança alimentar.
Angelino Elavoco, Vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo
Acrescentou que a existência de um mercado consumidor em ascensão é outro desafio que tem de ser atendido com uma resposta prática e objectiva no domínio da produção nacional.
“Há ainda uma forte pressão do lado da procura que se tem verificado, tanto no mercado interno, como no mercado externo, que sustentam a ideia e a visão de que todos nós temos de trabalhar em prol da produção nacional, se quisermos, de facto, tirar proveito do elevado potencial que o país possui”, salientou.
Por isso, apelou aos operadores económicos a fazerem recurso aos instrumentos financeiros disponíveis pela banca e outras instituições similares, para a sustentabilidade da atividade produtiva, com maior realce os setores agropecuário, industrial, de transporte, logística e comercialização.
Disse ser necessário desenvolver mecanismos que permitam alargar os níveis da produção nacional atuais no sentido de se redimensionar as ações voltadas à segurança alimentar, através dos programas da diversificação económica, aproveitando todas as potencialidades.
Recomendou a aceleração dos programas relacionados com a diversificação económica, para a consolidação da segurança alimentar na província do Huambo.
Peça da Fina Satchipamba, Correspondente do NFV no Cunene
As autoridades da Namíbia, iniciaram o repatriamento de crianças angolanas, apreendidas nas ruas de diversas cidades do país onde faziam venda ambulante. Edson Fela completa esta notícia.
Segundo a Voz da América, o Ministério do Interior, Imigração e Segurança informou que 73 crianças e as suas mães foram entregues às autoridades angolanas no posto fronteiriço de Santa Clara, no que disseram ser “uma amostra de cooperação internacional e que assinala o começo da sua viagem em segurança de regresso a Angola”.
Fronteira da Namibia com Angola
As crianças e as suas mães tinham sido anteriormente abrigadas no Centro Nacional de Juventude em Ondangwa devido “à sua situação vulnerável”.
Etienne Maritz, diretor executivo do Ministério disse que as crianças e as mães agora deportadas para Angola tinham sido encontradas em várias cidades, envolvidas na venda de artesanato e “bugigangas” nas ruas.
“A fase inicial do seu regresso envolveu o transporte para Oshikango onde as autoridades angolanas assumiram o controlo garantindo o transporte em segurança para as suas respetivas comunidades em Angola”, afirmou Maritz citado pela imprensa namibiana.
“O Governo da Namíbia está dedicado e empenhado em respeitar os direitos e bem-estar de todos os indivíduos na Namíbia, incluindo crianças migrantes e as suas famílias”, acrescentou.
No passado, organizações angolanas de apoio comunitário advertiram para os riscos que as crianças enfrentam em caso de repatriamento para Angola, nas atuais condições do país, e confirmaram que muitas crianças e familiares se recusam a regressar ao país de origem.
Há uma semana tinha sido revelado que um número indeterminado de crianças angolanas tinham sido recolhidas pelas autoridades em várias cidades da Namíbia e transportadas para o Centro Nacional de Serviços da Juventude em Ondangwa.
O Ministério disse então que cerca de 200 crianças tinham sido recolhidas das ruas, acrescentando então que “muitas têm nacionalidade angolana”, mas não deu números específicos, afirmando que muitas das crianças se recusavam a dar pormenores sobre a sua origem e família.
Peça de Edson Fela, Jornalista do NFV