JOVENS DA IPVM MOXICO, REAGIRAM CONTRA EXCESSOS DO “AVO JOEL PEDRO” E SEUS MUCHACHOS NO LWENA

02.08.2024

Se alguma vez a paciência do governo já teve limite, a dos jovens proféticos da IPVM Moxico contra os abusos e excessos do renomado ancião, foi ao extremo e agiram em legítima defesa de sua Igreja.

Por: Manuel Calima

Foi vergonhoso, mas sabiamente compreensivel e pontual a resposta infrigida a delegação de supostos dirigentes da IPVM, vindos de Luanda para Moxico numa missão ilegal, onde afinal nenhum dos componentes exerce cargos de direção.

Talvez a missão tenha sido consubstanciada a propósitos inconfessos, em via da arrogância e petulância, em colocar nas delegações provinciais défices para os envelopes poderem fluir a Luanda, numa tendência clara de contornar o dinheiro da Igreja para a família Cambundo, em acto desconhecido pela maioria dos membros da direção da Igreja.

Porém, quanto menos esperava, Joel Pedro saiu do Moxico não tendo conseguido os seus propósitos macabros, fruto da pancadaria que ninguém deseja a ninguém, sobretudo quando se trata de casa de Deus, onde deveria reinar a paz, o amor e a moral.

Todos quererão obviamente saber um pouco de como surgiu a pancadaria que depois evoluiu para o SIC, na noite de quarta-feira e no dia seguinte, ontem quinta-feira à cultura onde ficou descoberto que os documentos que esta delegação ostentava, são falsos e como se não bastasse a cultura deu veredito sobre a promiscuidade na IPVM no Lwena.

Vergonha ou não, Joel Pedro que diz ser conselheiro do Líder na ausência do mesmo, em tratamento médico em Cuba, por ser irmão, faz-se como se fosse líder adjunto, para o arrepio dos estatutos da igreja.

No dia de hoje, 2 de Agosto, por ocasião da data natalícia do líder, para elucidar a arrogância e prepotência do mesmo, mandou o seu sobrinho nas vestes de vice Secretário, para anular a tendência dos membros da direção, que com o seu dinheiro pretendiam organizar uma confraternização em prol dos 56 anos do líder.

O Delegado profético do Moxico, com alguma insatisfação no rosto, diante da população pagã, esclareceu ao NFV que aconteceu o seguinte:

“Quando nós tomamos conhecimento de que eles viriam para aqui fazer substituições fora das normas, a um mês para cá reunimos para refletirmos sobre esta situação. Produzimos uma acta onde os membros da IPVM no Moxico, decidiram que devido a ausência do líder e fundador da IPVM, Jorge Lino Cambundo, em tratamento médico em Cuba, deveriam esperar pelo seu regresso”, disse realçando que a delegação de José Lino Kiteculo “Avô Joel Pedro”, teve conhecimento da acta mas ignorou, premeditadamente a sua vinda ao Moxico, não comunicaram a direção da Igreja, mas privilegiaram o contacto com as supostas pessoas de seu interesse, propostas para os novos cargos na Igreja, fora das normas, princípios e estatutos da igreja.
A chegada deles ao Moxico terça-feira, 30, foi uma surpresa para o delegado da IPVM Moxico, mais Abílio Sapalo, marido da “sacadora” Tembo (esta que trabalha em consonância com Joel Pedro em Luanda) e a diretora da sociedade de senhoras, Elsa Preciosa Katchidunape, eram a elite preparada por Joel, que inclusive prepararam viaturas e protocolo para a recepção de Joel e sua comitiva em atividade inlegal no Moxico.
Quando era 17h00 de terça-feira, 30, eu e os membros da igreja em oração, fomos surpreendidos com a entrada da caravana de viaturas na igreja. Na qualidade de delegado em funções, fui lhes saudar e mostrei-lhes o santuário, mas Joel Pedro negou o santuário e foram orar por baixo de uma árvore, e quando acabaram de orar começaram a abraçar-se com o pequeno grupo que eu já citei.
“Pareceu-nos ser tropas e não pessoas da Igreja. Num ambiente muito estranho, e Abílio Sapalo parecia ser filho dele. Depois de oito minutos de conversa, Joel Pedro mandou-nos compulsivamente retirar toda gente da Igreja, inclusive eu como delegado, e ordenou que só ficasse aquele pequeno grupo”.
“Retirem-se daqui porque isto tudo é nosso, vocês saíam! Está palavra “Chocou tudo e todos”. Esta atitude trouxe revolta e descontentamento no seio dos jovens da IVPM que estavam em oração.
Afinal nós trabalhamos para vocês que estão em Luanda, nós somos trabalhadores da vossa família? Se nunca pisaram aqui, hoje ficou vosso, a partir daí começou a surra.
Antônio Cavaleca, “avô Arroz”, procurou intervir com a arrogância que lhe é peculiar e os jovens não se coibiram, responderam às ameaças de agressão do avô Arroz com muita surra, e ficou bem fatigado, deram-lhe boa surra e ficou aí encostado. Naquela mesma noite eles ligaram para o 113, na altura, eu delegado, já tinha apaziguado os ânimos e a polícia também regressou.
No entanto, naquela mesma noite Cavaleca, Arroz e os outros, foram levar queixa ao SIC sobre a ocorrência, e no dia seguinte vieram buscar-nos quarta-feira,31, os agentes do SIC vieram à nossa busca e fomos ao piquete. Posto lá perguntaram a eles: Vocês quando programaram vir à igreja, comunicaram? Eles responderam que não. O agente do SIC disse : Se então este é que é o vosso delegado, representante aqui no Moxico, como vocês vem sem lhe comunicar”, questionou o oficial no piquete do SIC, realçando que eu vejo que vocês são mais velhos, dizem que são mandatados pela nacional, e vem sem regras, você vai na casa do outro e não bate a porta, fica bem? responderam que não!
Perguntou também se a delegação de Joel Pedro, tinha conhecimento da acta da reunião que a direção da igreja no Moxico produziu nos últimos dias, responderam que tomamos conhecimento. “Mas mesmo assim ignoraram”, replicou o agente do SIC e responderam que sim! “Os outros previam evitar isso e vocês estavam vir mesmo para conflituar”, reagiu o agente do SIC…”Há, somos conselheiros, o meu irmão líder é que me mandatou” disse Joel.
Afinal a igreja é de família? Questionou o agente do SIC que aconselhou resolver o caso em diálogo, tratando-se de irmãos da mesma igreja.
Desconfortados, foram de seguida queixar-se na cultura, onde lhes foi exigido os documentos, e as 14h00 de quinta-feira, a direcção provincial da cultura chamou a equipa do delegado provincial do Moxico, e na presença de José Lino Kiteculo, o provincial daquele órgão disse:”A direção da IPVM no Moxico habituou-nos o respeito pela ética, o comprimento da lei e o estatuto e não só,o amor ao próximo também”, realçando que o que assistimos ontem e hoje é uma pouca vergonha.
Esclareceu ainda que os documentos depositados de manhã aqui na cultura pelo ancião Joel pedro, são falsos. Contém assinatura do líder escaneada e depois autenticada com o carimbo a óleo em uso nesta instituição religiosa.
Perante tais factos, disse o diretor da cultura: “Os desacatos,a falsificação de documentos, a usurpação de poderes, são actos puníveis nos termos da lei”, esclareceu.
A partir de hoje, quinta-feira,1, esta delegação fundamentada em documentos falsos não pode realizar nenhuma atividade no Moxico. Se persistirem serão acionados mecanismos policiais para o efeito.
O director da cultura no Moxico desejou bom regresso a Luanda, ao ancião Joel Pedro e os seus muchachos, sem prejuízo ao procedimento criminal que se opõem aos factos apurados.
Segundo o porta-voz da IPVM no Moxico, um advogado foi acionado para que na próxima semana dê entrada da queixa do processo crime, contra os autores deste desvario, e uso de documentos falsos em prejuízo dos membros da igreja.
Disse por outro lado que tanto no SIC como na cultura, o delegado da IPVM Moxico relatou o facto da pretensão desmedida da equipe liderada por Joel Pedro, que nem se quer exerce algum cargo na direção da Igreja, se não apenas a função de conselheiro também, realçou que no Namibe Joel Pedro, colocou na delegação local o seu genro, Paulo Mamkemba Ovídio e a esposa, sobrinha no caso (filha da irmã Eva Lino Cambundo) no cargo de directora de senhoras, sublinhando que nas províncias onde não há família, colocam pessoas de sua confiança, provavelmente para garantir mesadas a família Cambundo e os seus descendentes.
O diretor da cultura disse por outro lado, que acompanha com preocupação o caso latente das destituições dos delegados proféticos provinciais, que na sua óptica, violam gravemente o artigo 17 dos estatutos da IPVM, depositados na cultura, que atribui poderes exclusivos ao líder da Igreja em exonerar e nomear os delegados proféticos.
“O artigo 17 do estatuto da Igreja IPVM realça o seguinte: Quem tem poder de exonerar e nomear, e convocar conferências e outras reuniões de âmbito nacional, é somente o líder”.
O descontentamento de desgovernação no seio da igreja, por ausência do seu líder, tem trazido nos últimos tempos um ambiente desconfortável no seio dos membros.
O delegado profético da Lunda Norte, Alfa Miji, não esperou a humilhação por Joel Pedro, abandonou precocemente os avós, e regressou à igreja onde já lá esteve.
No Namibe, Armando Chicoca, expulso sem culpa, forma aposta na construção de uma Capela da IPVM no Namibe, para acolher todos aqueles que não se revêem na arrogância do avô Joel, e na desgraça do actual delegado Paulo Makemba, não obstante o recurso a Tribunal de três processos judiciais contra delegação de Joel Pedro, e seu sobrinho Lazer, vice-secretário geral da IPVM, para justificar a publicidade enganosa e má fé do acto da suposta expulsão.
Link do documento da Ordem de Expulsão de Armando Chicoca: ORDEM DE EXPULSÃO – S.G. 2024
Muitos consideram o posicionamento dos jovens do Moxico e do jornalista Armando Chicoca, em relação a governação imposta por Joel e sobrinho Xavier Pinto “Lazer”, um acto profético para salvar a Igreja das mãos da família do Líder, que visivelmente querem tomar de assalto, talvez por razões económicas.
“A igreja é boa, a doutrina é boa, o HCDM trata bem os enfermos, mas dentro da IPVM há lobos vestidos de cordeiros, que devem ser descobertos, estripados e levados para o museu”. Manuel Calima & Armando Chicoca Silivondela

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