João Lourenço é o segundo presidente de Angola a interagir com autoctones “Mucubais”.

21.11.2021

João Lourenço é o segundo presidente de Angola a interagir com autoctones “Mucubais”.

Depois de António Agostinho Neto, ter ido na Comuna do IONA, em 1977, apelando as comunidades Mucubais descer das montanhas para usufruir os frutos da independência, 54 anos depois, João Lourenço, foi ao encontro desta franja da população minoritaria de Angola, exclusivamente habitada na Provincia do Namibe.

Por: Armando Chicoca

Além das constatações das dificuldades porque os autoctones passam, depois de terem perdido o seu gado em 2019, em consequência da seca, sem terem se beneficiado de algum apoio do Estado na reposição de seus animais para darem continuidade a vida, João Lourenço, veio ao Namibe transmitir as populações visadas de que tudo está a ser feito a favor das comunidades do Namibe para atenuar o sofrimento.

João Lourenço, Presidente de Angola

Em principio, o PR João Lourenço, pretendia deslocar-se a localidade do Mahungo “típicamente habitada por autoctones Mucubais” e do Caraculo, mas o encontro de sábado,20, entre o governo do Namibe e a Delegação presidencial que decorreu na salão nobre da Administração Municipal da capital do Namibe, onde o governador Archer Mangueira, segundo a massa critica da Provincia do Namibe, soube colocar os problemas mais prioritários que têm a ver com a fome, como por exemplo a necessidade de se reforçar dinheiro para criação de cozinhas comunitárias e alimentos para as pessoas vulneraveis bem como a construção de represas e furos nas zonas criticas, tudo isso parece ter influenciado na agenda presidencial ao Namibe que encurtou a visita com os autoctones para a localidade do Muhombo ou Giraul de cima junto da ponte do rio, com o mesmo nome, estrada 280, Namibe-Lubango.

Maioritariamente autocotones vindos de várias localidades do interior da Provincia do Namibe fugindo a seca, criaram no Muhombo raizes e a nova forma de viver, não depender exclusivamente da criação de animais e constituiram uma comunidade “Mucubal” forte e visionária no domínio da agricultura.

Foi com esta comunidade o presidente João Lourenço, interagiu, reafirmando apoios para potenciar a agricultura e criar condições de água para minimizar o sofrimento das comunidades e se possivel levar a esperiência de aldeamento para outros vales de rios interminentes.

“Okamenê?, Bom dia”, João Lourenço saudou a população, tendo justificando que nós chegamos até a esta localidade, na ponte sobre o rio Giraul, onde vocês estão fixados para vos cumprimentar.

João Lourenço, disse que chegados ontem à provincia do Namibe e não ficaria bem irmos embora sem termos este contacto com os autoctones desta provincia. “sabemos que uma parte da população que aqui vive, veio de várias outras localidades fugindo da seca e instalaram-se aqui já há dois anos”, disse.

“Estamos bastante satisfeitos com a informação que a senhora Administradora Comunal (Maurilia Inacio) nos transmitiu dizendo que durante os dois anos em aqui estão, pouco a pouco estão a transformar as vossas vidas para não passarem a depender apenas do gado e dedicarem-se também a agricultura”, reiterou João Lourenço, que sublinhou dizendo que a prova disso consiste nos produtos expostos neste lugar que acabamos de ver.

Nos apresentaram produtos do campo produzidos por vocês até lguns anos voces dedicavam-se apenas do gado. O gado é importante, faz parte da vossa cultura, mas só o gado não é suficiente, é preciso também dentro do possivel fazer a agricultura para a vossa propria alimentação.

Fez saber ainda que é verdade que a agricultura também precisa da agua e aqui na Provincia do Namibe, na Provincia do Cunene, infelizmente quase sempre, em determinado periodo do ano há falta de agua, esclareceu.

” O governo e não só, estamos a trabalhar para procurar diminuir o vosso sofrimento, procurararranjar soluções de manter algumas fontes de água durante todo o ano, ou agrupar as comunidades para junto dos pontos de águacmo é o caso desta localidade que por ser vale de um rio tem a água todo o ano” frisou.

Produtos produzidos pelas comunidades autoctones no Muhombo

Esta adaptação a uma nova forma de vida que é fazer a agricultura deve continuar, por isso é que das ofertas que trouxemos, elas são essencialmente sementes para que possam continuar com a prática da agricultura
Maurilia Inacio disse que o Presidente da Republica assumiu um compromisso público com as comunidades e acredita que os apoios para as comunidades afectas a sua administração virão nos próximos dias.

Eva Bartolomeu, viuva do patriarca Francisco Sabalo Tchikuteny e lamenta a falta de meios para a agricultura. a primeira das 43 mulheres com gerando 168 filhos com o malogrado fez saber que o grande problema que enfrentam é a falta de agua devido o baixo lençol freático, mas diz esperançosa com a promessa da primeira dama Ana Dias Lourenço, e a esposa do governador que prometem procurar apoios para ajudar a familia mais alargada do Namibe, de Angola, do continente Africano e do mundo na ilha do Mungongo.

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